‪Contando‬ Histórias XLII – por José Claudio Barboza Martins

Eu seguia pela avenida Via Láctea, na Morada do Sol, para a sede do jornal Correio Amazonense, que ficava à avenida André Araújo, Aleixo. Era um dia de semana e o sol das 14h não deixava dúvidas de que estávamos no verão. No dia anterior, uma reunião entre o jornalista Sebastião Reis, o empresário Carlos Edson e eu, havia sido definido que nós iríamos trabalhar no Correio, exercendo as funções de Diretor de Redação e Editor Executivo, respectivamente.


Após muitas promessas da compra de novos computadores, material fotográfico, recuperação de impressora e investimentos na estrutura física da redação, nada tinha se consumado. Havia chegado o momento, portanto, de deixar nossas funções no jornal “Estado do Amazonas”, da Família Garcia e seguir o novo caminho.

Combinamos que eu iria de imediato para o Correio a fim de começar a elaborar uma listagem com os nomes que nós tínhamos em mente levar para o novo projeto e definir outros procedimentos que seriam levados ao conhecimento da direção.

O celular interrompe os pensamentos sobre a nova redação e o novo desafio. Do outro lado um Sebastião Reis inquieto… “Está onde parceiro?” Eu: “ indo para o Correio”. Ele… “vem aqui antes que precisamos conversar”. Me deu uma sensação de que algo que havia acontecido em relação ao “Projeto Correio”. Como diria um amigo meu de Minas, “tinha boi na linha”.

Enquanto alterava a rota a fim de chegar ao jornal “Estado do Amazonas”, ia pensando que no “Correio Amazonense” iríamos ter a possibilidade de apresentar um projeto forte para brigar pela liderança de mercado. A rotativa – coração de um jornal – era nova em folha. Estava prontinha para ser usada e toda estrutura interna do jornal que nascia era muito boa.

Uma das novidades é que iríamos utilizar um sistema alternativo ao Word, mas não seria um bicho de sete cabeças. Um treinamento seria o suficiente para se adequar ao editor de texto. Entre nossas ideias estava a intenção de fazer um jornal muito forte no Amazonas, utilizando de forma regular coberturas nos municípios como Parintins, Itacoatiara, Tefé, São Gabriel da Cachoeira, Tefé e Manacapuru, entre outros.

Envolvidos nesses pensamentos cheguei à sede do “Estadão”, no bairro do Aleixo, onde o jornal e a TV Rio Negro (hoje Band) funcionavam no mesmo prédio. O amigo e diretor de redação Sebastião Reis me aguardava na sala que ocupava, na parte da frente da redação.

Reis estava agitado e inquieto, quando me recebeu e foi dizendo… “parceiro, acho melhor a gente ficar no Estadão…” . Sentei-me meio tonto e comecei ouvir os argumentos do Reis… mas esta é uma história mais para a frente…

*José Cláudio Barboza Martins é jornalista e articulista político

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