03 de fevereiro : Dia do Datiloscopista – por Raimunda Gil Scheaken

Professora Raimunda Gil Schaeken (AM)

Desde tempos imemoriais, o ser humano se preocupa em marcar seus pertences. A datiloscopia é o mais prático e econômico método de identificação humano. Trata-se do registro das impressões digitais e dos métodos para determinar a identidade das pessoas. Apesar do advento da identificação por meio do DNA, a datiloscopia ainda é o método mais viável, por ser mais barato, simples e seguro.


A palavra “daliloscopia” deriva de dois termos gregos: dáktylos (dedos) e skopeîn (examinar). Esse termo foi criado na Argentina para designar o estudo da identificação humana mediante impressões digitais.

O inventor do sistema datiloscópico foi Juan Vucetich Kovacevich. Antes dele, muitos cientistas fizeram várias tentativas para utilizar a impressão digital como meio seguro de identificação.

Professora Raimunda Gil Schaeken (AM)

O início da evolução dos processos de identificação digital, ou seja, a datiloscopia, e as técnicas de identificação utilizadas, começaram no século VII, na China, onde o Código de Yng-Hwui estabelecia que as mulheres divorciadas deviam portar um papel autenticado com a impressão digital do ex-marido. Só a partir de 1300 as impressões passaram a ser usadas mundialmente nos casos de crime.

A datiloscopia é um excelente método para identificar criminosos, quer para reconhecer os reincidentes, quer para descobrir o autor de um delito, por meio do datilograma, nome técnico do documento que reproduz a impressão digital. Esse método tem quatro princípios fundamentais.

O primeiro é o da perenidade, pois as impressões digitais começam a existir a partir do sexto mês de vida fetal e perduram até a decomposição do corpo após a morte.  O segundo é o da imutabilidade, porque a forma original das impressões digitais nunca se modifica. O terceiro é o da classificabilidade, já que as impressões digitais podem ser classificadas para arquivamento e pesquisa. O quarto e último princípio é o da variabilidade, pois as impressões digitais variam de dedo para dedo e de pessoa para pessoa.

A datiloscopia, portanto, é o método que se utiliza desse grande segredo da biologia. Uma foto mostra quem é determinada pessoa, mas se ela mudar a aparência, ou se tiver uma sósia, poderá haver engano. Entretanto, por meio do datilograma, pode-se afirmar a identidade da pessoa, sem erro.

A Bíblia comenta sobre a identificação humana por meio das impressões digitais: “Ele assinala a mão de todos os mortais para que reconheçam, cada um, suas obras” (Jó 37,7).(Raimunda Gil Schaeken é Professora aposentada, tefeense, católica praticante, membro efetivo da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas –ALCEAR).

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