09 de abril: Domingos de Ramos – “Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor”! – Raimunda Gil Schaeken

Professora Raimunda Gil Schaeken (AM)

Hoje, iniciamos a celebração da Semana Santa, santificada por Jesus e deve ser santificada também por nós! Não é suficiente acompanhar Jesus na sua entrada triunfal em Jerusalém; precisamos segui-lo até o Calvário! Ele morreu por causa de nossos pecados… precisamos apagá-los de nossa vida cotidiana. Vida nova, portanto!
O sofrimento sempre foi e continua sendo um mistério para nós: Por que Jesus escolheu a cruz para nos salvar? Ele escolheu o caminho do amor radical e solidário: Ele se fez homem para carregar a cruz de nosso merecido castigo. Ele não indicou o caminho da salvação, e quer fazê-lo conosco! A “celebração da Semana Santa é uma verdadeira aula para os discípulos de Jesus.   (Frei Carlos Zagonel)


Professora Raimunda Gil Schaeken (AM)

Concluindo os nossos comentários sobre os biomas brasileiros, falaremos sobre: Bioma Pantanal e Bioma Pampa.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta, praticamente exclusivo do Brasil, pois apenas uma pequena faixa dele adentra outros países (o Paraguai e a Bolívia).

Esse bioma é muito influenciado pelos regimes dos rios presentes nesses lugares, pois, durante o período chuvoso (outubro a abril), a água do pantanal alaga grande parte da planície da região. Quando o período chuvoso acaba, os rios diminuem o seu volume d’água e retornam para os seus leitos. Por essa razão, a vegetação e os animais precisam adequar-se a essa movimentação das águas. Todos esses fatores tornam a vegetação do pantanal muito diversificada, havendo exemplares higrófilos (adaptados à umidade), plantas típicas do Cerrado e da Amazônia e, nas áreas mais secas, espécies xerófilas. A fauna é constituída por várias espécies de aves, peixes, mamíferos, répteis etc.

Quando chegaram os primeiros colonizadores, 1,5 milhões de indígenas habitavam a região. Hoje, essa população é muito pequena e grande parte dos indígenas remanescentes vive em cidades da região ou trabalham nas fazendas. Outra pequena parte reside numa área indígena do Pantanal.

O tráfico, a caça e a venda de peles, couro ou artefatos provenientes de animais silvestres são práticas que, embora ilegais, ainda ocorrem. Várias espécies de animais já estiveram ameaçadas de extinção. As situações mais conhecidas nacional e internacionalmente são o jacaré do pantanal e a onça.

Contextualização política

A falta de visão e políticas integradas para o Pantanal, que considerem as necessidades essenciais das populações locais resulta em ações isoladas e com pouca repercussão em sua totalidade. Além disso, as principais demandas sociais vão sendo postas em segundo plano.

Contribuição eclesial

Para a Igreja Católica, o bioma Pantanal não representa somente um santuário ecológico onde se preservam espécies, mas sim um lugar onde o ser humano faz uma profunda experiência de Deus, da natureza e do outro. Atuam na região com expressivo empenho o Conselho Indigenista Missionário, Cáritas, Pastoral da Criança, Pastoral da Saúde, Comunidades Eclesiais de Base, etc. Estas ações da Igreja na região do Pantanal dedicam especial atenção aos povos originários, ribeirinhos e pantaneiros.

PAMPA: O bioma pampa está presente somente no Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território do Estado. Ele constitui os pampas sul-americanos, que se estendem pelo Uruguai e pela Argentina e, internacionalmente, são classificados de Estepe.

Entre os desafios e as fragilidades do bioma Pampa estão as iniciativas governamentais que contrariam a vocação natural da região para a pecuária e o turismo. Estas iniciativas incluem grandes plantios de pinus e eucaliptos que causam impactos ambientais, tais como: alteração dos recursos hídricos; interferência no regime dos ventos e de evaporação.

Outras preocupações que ameaçam o bioma Pampa são a ampliação da área de soja, trigo e arroz e a cultura da mamona para a elaboração de biocombustível. Há ainda a antiga e constante ameaça da mineração e queima de carvão mineral, o que aumenta a incidência e frequência de doenças pulmonares.

Contextualização política

É no Pampa que existe a grande maioria dos latifúndios do Rio Grande do Sul que, além da criação de gado, apostam na monocultura de eucalipto, acácia e pinus. Estes monocultivos são denominados pelos Movimentos Sociais de “Deserto Verde”, exatamente porque são extremamente nocivos ao meio ambiente, prejudicando a fauna e a flora originais do Pampa.
É importante destacar que, apesar de ser região latifundiária, há muitas famílias de pequenos agricultores, indígenas, quilombolas.

Contribuição eclesial

A Igreja está presente na região desde a primeira evangelização, mas com características muito próprias. Foi ali que os missionários jesuítas fundaram “As Missões dos Sete Povos”. Nos últimos anos, seja pela presença das Pastorais Sociais, das Semanas Sociais, das Campanhas da Fraternidade, das CEBs, muito se valoriza a agricultura familiar, os territórios das comunidades tradicionais e os remanescentes indígenas.

Uma boa SEMANA SANTA e, fiquemos com a reflexão do padre Itacir Brassiani msf

“ O relato da entrada de Jesus em Jerusalém, solenemente proclamado no Domingo de Ramos, nos convida a abandonar toda e qualquer fantasia de poder e de sucesso que alimentamos e projetamos nele. Nesta cena não há nada de triunfal. Jesus vem da Galileia e entra na capital do seu país politicamente dominado montado numa jumenta. Nada de cortejos de honra, de generais e cavalos vistosos, de discursos oficiais de acolhida. Jesus chega a Jerusalém como sempre foi: um servidor, um reformador inquieto, um profeta destemido e vindo dos grotões, um simples homem da Galileia”.(Raimunda Gil Schaeken é Professora aposentada, tefeense, católica praticante, membro efetivo da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas –ALCEAR).

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