19 de junho: Dia do Migrante (Por Raimunda Gil Schaeken)

Professora Raimunda Gil Schaeken(AM)

O indivíduo que muda de uma região para outra, dentro do mesmo país, é denominado migrante. Ele pode constituir família, conseguir ocupação e fazer amigos no local para onde migrou ou, ao contrário, ter deixado tudo isso na localidade na qual morava, para tentar a sorte em outra cidade.
A migração humana é consequência de muitos problemas: econômicos, políticos, religiosos, raciais, dentre outros. Há vários tipos de migração:


.Emigração: saída de grupo de pessoas de um país;

Imigração: entrada de grupo de pessoas em um país.

.Nomadismo: deslocamento constante de povos que não possuem residência fixa;

Transumância: permanência temporária de um grupo de pessoas em determinadas regiões, com retorno ao local de origem;

.Inter-regional: movimento de pessoas dentro do mesmo país, para áreas de atração.
Destacam-se:
a) Êxodo rural: movimento de pessoas que deixam o campo para viver na cidade, em função da mecanização da lavoura e das relações de trabalho no meio rural;
b) Pendular: movimento de pessoas que trabalham nos grandes centros, mas residem em cidades periféricas e retornam ao lar, diariamente, no final da jornada.
A migração é um movimento comum no Brasil, principalmente devido à grande extensão do país. Devido a essa peculiaridade, grande parte de nosso território foi ocupada por meio de movimentos migratórios. O primeiro fluxo aconteceu no século XVI, quando criadores de gado do litoral nordestino partiram rumo ao sertão. Nos séculos XVII e XVIII, as regiões mineradoras dos Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, atraíram nordestinos e paulistas.

A diminuição da produção do ouro, por sua vez, ocorrida no século XIX, trouxe parte desse contingente populacional para os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, onde a cultura cafeeira cresceu. Ainda no fim do século XIX, iniciou-se a migração do Nordeste – mais especificamente do Ceará – para a Amazônia, devido à extração da borracha, que adquiriu forte impulso.

Esse fluxo migratório no país continuou também na primeira metade do século XX, quando os nordestinos dirigiram-se para o oeste paulista, à procura de trabalho nas  culturas de café e algodão.

Com o término da Segunda Guerra Mundial, o nascimento da indústria contribuiu para o aumento da migração em direção aos grandes centros urbanos. Consequentemente, aumentou o número de migrantes que vinham do Nordeste para o Sudeste, principalmente para São Paulo.

A construção de Brasília, em meados dos anos 50, tornou-se foco de atração, ajudando na ocupação da região Centro-Oeste. Já em 70, a modernização da agricultura na região Sul expulsou muita gente do campo para o Centro-Oeste e para o Norte, avançando a fronteira agrícola. Na década de 80, garimpeiros foram atraídos para as zonas de mineração da Amazônia, Maranhão e Pará, em particular.

O migrante necessita de uma política governamental que estabeleça leis que protejam seus direitos como cidadão, para que ele possa cumprir seus deveres e ter uma vida digna.(Raimunda Gil Schaeken – Tefeense, professora aposentada, católica praticante, membro efetivo da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas –ALCEAR.)

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