1º de dezembro: Dia Mundial de Combate à AIDS – Por Raimunda Gil Schaeken

Professora Raimunda Gil Schaeken (AM)

O Dia Mundial de Luta Contra a AIDS foi criado em outubro de 1987, na Assembleia Mundial de Saúde, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) para relembrar o combate à doença e despertar nas pessoas a consciência da necessidade da prevenção, aumentar a compreensão sobre a síndrome e reforçar a tolerância e a compaixão às pessoas infectadas.
A decisão foi tomada em outubro de 1987. No Brasil, a data passou a ser comemorada a partir de 1988, por decisão do Ministro da Saúde.


A cada ano, diferentes temas são abordados, destacando importantes questões relacionadas à doença. Em 1990, por exemplo, quando a AIDS ainda era mais disseminada entre os homens, o tema foi “A AIDS e a Mulher”. Em 1997, foi a vez de as crianças infectadas serem lembradas. A importância da família e da união de forças também já foram destacadas como importantes aliados da luta contra a AIDS.

A AIDS teve seus primeiros casos relatados no Brasil em 1976, e, desde então, tem aumentado progressivamente.

Professora Raimunda Gil Schaeken (AM)
Professora Raimunda Gil Schaeken (AM)

Sabemos que a doença se transmite basicamente por transferência de secreções de um indivíduo contaminado (HIV+) para um indivíduo soro negativo, sendo que, na grande maioria das secreções corporais o vírus já foi isolado como, por exemplo, lágrima, suor, saliva, leite materno, secreção vaginal etc. Porém, com grande poder contaminante no sêmen e sangue.

O problema que vem aumentando o alastramento dos casos da doença é o fato de muitos pensarem que a contaminação nunca ocorrerá com eles, assim como nunca serão atropelados ou nunca morrerão. Se a sociedade fosse educada para que cada um desse o melhor de si e não vivesse por viver, a solidariedade e a responsabilidade seriam as barreiras para a transmissão, ocorrendo menos individualismo e intolerância.

A intolerância e o fechamento dos grupos, o ataque mútuo, não favorecerá o avanço na busca de soluções.

O importante, para todos e, especialmente, para os jovens, é saber que em qualquer terapia que se adote não se pode abrir mão da prevenção, da informação, da conscientização com responsabilidade, do assumir a sexualidade e o amor como essenciais à vida humana e que o respeito mútuo é primordial em qualquer relacionamento humano.

Todos podemos assumir a luta contra o preconceito e a discriminação, em relação às pessoas; quanto em relação aos tratamentos, buscar informações, democratizá-la, não se deixar enganar, discutir com os profissionais, construir escolhas em espírito de liberdade, poderão nos ajudar.

Jesus nos diz “a verdade vos libertará”. Que a verdade despida de interesses e de poder possa oferecer a todos o melhor de nosso cuidado que se chama amor, que se chama saúde.

Calcula-se que, em breve, o número de pessoas contaminadas com o vírus da AIDS será de trinta a quarenta milhões. É preciso conhecer mais sobre a doença e os meios de evitá-la e encontrar novas formas de integração social dos portadores. Deveria ser meta prioritária de qualquer governo cuidar da saúde do seu povo, pois:

O bem-estar e a felicidade do ser humano estão, antes de tudo, em gozar de boa saúde, pois, sem ela, o resto vale pouco ou nada.(Raimunda Gil Schaeken é Professora aposentada, tefeense, católica praticante, membro efetivo da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas –ALCEAR).

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