
Nessa sexta feira (28), dia de paralisação em todo o Brasil, contra a decisão do presidente Michel Temer (PMDB) e seus aliados na Câmara dos Deputados em mudar o texto constitucional da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e da Previdência Social, a prefeitura de Manaus, até que enfim, tem em mãos um destino adequado para a famigerada faixa azul, criada pelo prefeito ausente, Arthur Virgílio Neto (PSDB).
Serviu, pela primeira vez, 100% não para circulação de ônibus do até hoje não explicado BRT-Manaus, mas para estacionamento do movimento grevista. A Faixa Azul da Avenida Constantino Nery, que recentemente pegou mais uma demão de tinta da Prefeitura, ficou totalmente ocupada entre o cruzamento da Pedro Teixeira à Avenida Boulevard Álvaro Maia (Centro).

E, mesmo sob protesto e crítica de radialista, que tinha grande audiência na capital do Amazonas, o movimento conseguiu reunir mais de 40 mil pessoas no Centro de Manaus. Foi um movimento pacífico, ao contrário de outras capitais (São Paulo – Rio de Janeiro – Porto Alegre).
Os direitos dos que pretendem se aposentar com vida e saúde, mesmo após os 65 anos, ecoou até dentro da Ordem dos Advogados do Brasil, nos Tribunais do Trabalho e manifestações isoladas do pessoal do Ministério Público. Para os mais conscientes, as medidas aprovadas pelos Deputados Federais usurpam os direitos dos trabalhadores.
Foi preciso, então, uma greve geral em todo o pais para entender, finalmente, a utilidade da Faixa Azul do prefeito que não governou uma semana sequer, desde que foi reeleito para o cargo, em novembro do ano passado.