
A demora e o silêncio do deputado e vice-prefeito Marcos Rotta (PMDB) ao convite feito pelos tucanos do PSDB, para ingressar no partido, tem gerado expectativa e apreensão, principalmente no cacique maior do PMDB, o senador e candidato a governador nessas eleições suplementares Eduardo Braga.
E ao que tudo indica, Eduardo Braga ficará ainda mais frustrado uma vez que, segundo interlocutores, Marcos Rotta já decidiu que aceitará o convite e trocará o PMDB pelo PSDB, nos próximos dias.

Ainda segundo as fontes, Rotta está “possesso” com Braga. O candidato e “chefe do PMDB”, segundo ele, nunca lhe deu oportunidade dentro da legenda. Rotta se sente preterido, sem prestígio e fora das indicações e escolhas políticas de Eduardo Braga.
O vice-prefeito se queixa, principalmente, o fato de Eduardo Braga ter escolhido primeiro Rebecca Garcia como candidata nas eleições em 2014 e não ele, Rotta, uma vez que se sentia o nome mais viável naquelas eleições. Ele vem remoendo essa mágoa desde então e, só agora, resolveu colocar tudo na mídia.
É certo que Rotta foi eleito um dos deputados Federais mais votados por indicação de Eduardo Braga, mas a intenção do cacique do PMDB era a de minar as intenções futuras de Marco Rotta. Para analistas políticos, quem se elege deputado federal, termina por se distanciar da base e perdendo força no Estado. Então não foi um prêmio e sim um castigo de Braga a seu aliado Marcos Rotta.
Agora, também, na escolha do candidato do PMDB para a eleição suplementar para o Governo, Braga colocou Rotta na parede exigindo que este se licenciasse do cargo de vice-prefeito para apoiar sua candidatura, proposta prontamente rechaçada por Rotta.
Esses são os motivos que levam Rotta a deixará e trocar de partido. Ele pretende alcançar voos mais altos como: ser candidato a prefeito ou quem sabe a governador nas próximas eleições, mas não no PMDB de Eduardo Braga.