Hamburgo vive sensação de uma guerra no primeiro dia do G20

Manifestantes queima carros e fazem barricadas/Foto: Armando Banani/EPA/Lusa

A cidade portuária de Hamburgo despertou hoje (07), com a sensação de estar em meio a uma guerra, sacudida por uma escalada de violência sem precedentes, no primeiro dia da reunião de cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), informações acentuadas pela agência alemã DPA.


Depois de uma noite de distúrbios e jogos de gato e rato entre a polícia e os manifestantes anticapitalistas, a situação se complicou nas horas que antecederam o início das deliberações de dois dias dos chefes de Estado e de Governo no centro de convenções de Hamburgo e forçou inclusive uma mudança no programa das “primeiras damas”.

“Bem vindos ao inferno”

Escaramuças, automóveis em chamas, bloqueios nas ruas para impedir a passagem dos convidados oficiais, esse era o panorama que oferecia a cidade hoje, vazia de habitantes mas cheia de manifestantes e policiais.

Manifestantes queima carros e fazem barricadas/Foto: Armando Banani/EPA/Lusa

Desconhecidos puseram fogo em vários veículos em diferentes zonas da cidade e atacaram lojas e negócios. No porto, os ativistas bloquearam um cruzamento vital, produzindo um imenso engarrafamento de caminhões. Colunas de fumaça negra se elevaram no oeste da cidade. No elegante bairro Elbchaussee (Boulevard do Elba) entre 25 e 30 carros foram incendiados.

Enquanto isto, o bairro contestador de Schanzenviertel, que foi cenário dos protestos intitulados “Bem vindos ao inferno” na madrugada, buscava recuperar a normalidade, com os serviço de limpeza pública trabalhando em ritmo acelerado.

E hoje, dia em que as manifestações estavam proibidas no centro da cidade portuária, centenas de críticos do G20 tentaram chegar à zona de alta segurança na qual estavam os líderes, com o objetivo de impedir o encontro multilateral.

Desnorteio e prisões

A polícia se viu desnorteada pelos distintos focos do protesto e, apesar de contar com quase 20 mil efetivos, as autoridades tiveram que pedir reforço a outros estados vizinhos. Até o meio-dia já se haviam contabilizado 159 agentes feridos e 60 manifestantes detidos.

Entre os feridos também há manifestantes, porém se desconhece com exatisão o número. Uma porta-voz dos manifestantes declarou pela manhã que não podia dar cifras, mas que eram muitos os feridos “entre eles, feridos graves”.

Melania bloqueada

A vítima mais importante dos atrasos foi a primeira dama dos Estados Unidos, Melania Trump, que ficou sem poder sair da casa onde estava para participar do passeio de barco previsto para os “consortes” dos líderes do G20.

O programa dos acompanhantes dos líderes teve que ser modificado por motivos de segurança. As autoridades decidiram suspender a visita programada ao Centro Alemão de Investigação Climática e e a um hotel onde assistiram a uma palestra de especialistas no tema.(Agência Brasil)

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