
Continua a gerar muita polêmica e discussões com ampla repercussão nos meios de comunicação e nas redes sociais, as decisões tomadas pelos magistrados da Justiça Federal sobre o caso que envolve o ex-governador José Melo (Pros) e seus ex-secretários.
A questão se dá pelo fato de Melo e seus ex-secretários Wilson Alecrim, Pedro Elias e o irmão de Melo, Evadro Melo, terem sidos mandados para prisão, depois terem sidos todos libertados, e depois mandados novamente para detrás das grades.

A verdade é que toda a polêmica e discussões foram geradas em razão das decisões tomadas por autoridades de uma mesma instituição, no caso a Justiça Federal.
Detalhe: isso em um curto período de tempo.
A primeira decisão foi tomada pela juíza da 4ª Vara Federal, Ana Paula Serizawa, que assinou os mandados de prisão e mandou José Melo e e seus ex-secretários para a prisão.

Mas só foi os juízes federais Wendelson Pereira Pessoas e Ricardo Sales entrarem de plantão para tomarem decisão diferente e mandarem libertar Melo e seu grupo de ex-secretários.
Mas dias depois outra reviravolta: Ana Paula Serizawa, volta ao plantão e manda novamente Melo e companhia para a cadeia sem cerimônia nenhuma.

Pelo fato do processo da “Maus Caminhos” correr sob segredo de Justiça, os juízes federais não se manifestaram, mas mesmo que não tivesse em segredo de justiça, é de praxe eles não comentarem mesmo nada.
Mas a repercussão dessa confusão toda foi muito grande a partir daí.
Foram muitos comentários, gente tirando partido, criticando, elogiando, houve de tudo um pouco.
Os partidários de Melo e seus secretários, por exemplo, alegaram que os dois juízes federais que colocaram Melo e seu grupo em liberdade afirmavam que os juízes agiram certo e se basearam em questões meramente técnicas para os colocarem em liberdade.
Já os que defendem a decisão de Ana Paula Serizawa criticaram, e muito, as decisões de Ricardo Sales e Wendelson Pereira.
Os que elogiaram Ana Paula Serizawa até lembraram que se fosse por assim dizer, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, acusado de comandar um esquema de desvio de recursos públicos semelhante ao esquema criminoso no Amazonas, já estaria há muito tempo fora da cadeia.
Os críticos completam dizendo ainda que os advogados de defesa de Sérgio Cabral usaram os mesmos argumentos e até outros mais que os usados pela defesa de Melo e de seus advogados, para pô-lo em liberdade, mas todos esses recursos foram negados.
Quem está certo só a própria Justiça Federal saberá responder no final do processo, que parece, terá outros desdobramentos. Entre eles, a já anunciada delação premiada da ex-primeira dama Edilene Melo.