
O número de pessoas ocupadas nas atividades agropecuárias em todo o Estado foi de 329.932 pessoas. Os números de 2017 são bem superiores aos do último Agro de 2006, o aumento foi de 23,7% (63.265 pessoas).
Em 1985 foi o ano em que a pesquisa mostrou o maior quantitativo de pessoas trabalhando no campo (545.077), a partir daquele ano, os números vinham caindo até 2017 quando voltou a aumentar.
Considerando que a população na força de trabalho do último trimestre de 2017 foi de 1.784.000, a agricultura foi responsável por 18,5% da força de trabalho do Estado.
Segundo apontou o Censo, entre os municípios, São Gabriel era aquele que mais ocupava pessoas nas atividades agropecuárias (14.243). Tefé (11.688), Parintins (11.413), Manicoré (10.790) e Itacoatiara (10.420) formavam o grupo com maior número de ocupados.
Do perfil socioeconômico dos produtores rurais, foi estratificado que 79% são masculinos e 21% feminino. Em relação a idade 12% são menores que 30 anos, 66% de 30 a 60 anos e 22% acima de 60 anos. Na escolaridade destaca-se que 20,11% nunca frequentou escola, tendo mais de 60 mil pessoas do meio rural analfabetas.

Estabelecimentos Agropecuários
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira, 26, dados preliminares do Censo Agropecuário de 2017, revelando que houve evolução no número de estabelecimentos agropecuários no Amazonas em relação ao Censo anterior. Conforme o estudo divulgado, a quantidade de estabelecimentos passou de 66.784 em 2006 para 80.914 em 2017, em onze anos a evolução foi de 21%.
Desde de 1975 os Censos Agropecuários do IBGE vêm demonstrando o quantitativo de estabelecimentos no estado. A menor quantidade ocorreu em 2006 (66.784) e a maior em 1985 (116.302 estabelecimentos). A partir da década de 1980, com a diminuição da população rural, o número entrou num processo de declínio, recuperando-se somente agora em 2017.
A pesquisa mostra que entre os municípios amazonenses, São Gabriel da Cachoeira com 3.904 estabelecimentos, liderou o número de unidades, superando inclusive aqueles que possuem maior população. Juntamente com Boca do Acre, Parintins, Manicoré e Autazes formam o grupo que lidera os estabelecimentos.
O Censo Agro de 2017 considerou como estabelecimento agropecuário toda unidade de produção ou exploração dedicada, total ou parcialmente, a atividades agropecuárias, florestais e aquícolas; tendo como objetivo a produção, seja para venda (comercialização da produção) ou para subsistência (sustento do produtor ou de sua família), informou o IBGE.
Quanto a utilização das terras, o Censo aponta que 65% das áreas dos estabelecimentos ainda são ocupadas por matas naturais (2.529.517 hectares). As áreas utilizadas por pastagens plantadas são 20% (795.593 hectares), ocupando a segunda posição. A terceira maior utilização dada à terra são as pastagens naturais com 9% (346.836 hectares).