Bebianno é o primeiro ministro de Bolsonaro a cair por CORRUPÇÃO

Ao lado de Onyx Lorenzoni, o agora ex-ministro Bebianno é o mais novo personagem que pode assombrar o Governo. Soma-se a Queiroz, Adélio e ao ex-policial possivelmente envolvido no assassinato de Marielle Franco - foto: El País

Após dias de crise e troca de farpas no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro exonerou nesta segunda-feira 18 o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. É o primeiro ministro a cair em decorrência do escândalo das candidaturas laranjas de seu partido, o PSL, que durante as eleições foi presidido por Bebianno.


“O excelentíssimo senhor presidente da República Jair Messias Bolsonaro decidiu exonerar nesta data, do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, o senhor Gustavo Bebianno Rocha. O senhor presidente da República agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso em sua nova caminhada”, declarou o porta-voz.

“O motivo da exoneração é uma decisão de foro íntimo do nosso presidente”, disse ainda Rêgo Barros. A mesma explicação foi dada para a demora na exoneração e para a manutenção do ministro do Turismo, mais um alvo de denúncias no caso dos laranjas do PSL.

Ao lado de Onyx Lorenzoni, o agora ex-ministro Bebianno é o mais novo personagem que pode assombrar o Governo. Soma-se a Queiroz, Adélio e ao ex-policial possivelmente envolvido no assassinato de Marielle Franco – foto: El País

O pivô da crise, provavelmente devidamente orientado pelo presidente, foi o filho Carlos Bolsonaro, que chamou o agora ex-ministro de “mentiroso” nas redes sociais e levou o exército digital pró-Bolsonaro a defender o clã e a “fritar” publicamente o integrante do governo.

Neste fim de semana, diversas declarações foram atribuídas a Bebianno, como a de que ele estaria arrependido de ter viabilizado a vitória de Bolsonaro, além de ameaças como a de que o Brasil iria “tremer” se a exoneração se confirmasse e de que tinha “documentos e papéis” que podem comprometer o presidente. Teria disparado ainda diversas críticas a Bolsonaro, chamando-o até de louco. Depois, Bebianno negou.

O núcleo militar do governo fez forte pressão pela demissão. O vice, general Hamilton Mourão, disse em entrevista que desta segunda-feira a demissão não passaria. Os militares defendiam que, no lugar de Bebianno, fosse nomeado o general da reserva Floriano Peixoto, o que foi atendido, conforme anúncio do porta-voz.

Brasil247

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