
Na madrugada deste domingo (31), quase 25 mil litros de camada asfáltica, conhecida como “piche”, vazaram de um caminhão-tanque de uma empresa responsável pelo serviço. Com o vazamento, foi afetada uma parte da rua Agostinho Caballero Martin, no bairro de São Raimundo, Zona Oeste, e, o pior de tudo: contaminou uma área de floresta e as águas do Rio Negro nas imediações do porto das balsas do São Raimundo.
O Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e o Ibama estiveram no local.
O material que vazou, trata-se de um asfalto em estado líquido resultante da destilação do alcatrão ou petróleo e, entre suas propriedades, está a alta capacidade de adesão e impermeabilização, já que repele a água.
O derramamento atingiu primeiramente a via pública e depois escorreu para a galeria fluvial até chegar às águas do Rio Negro. A parte mais prejudicada é a que concentra embarcações da Náutica Velho Artur, nas proximidades da Câmara Municipal de Manaus.
O Ipaam enviou uma equipe técnica para avaliar o impacto do derramamento da emulsão asfáltica.
De acordo com o chefe da Gerência de Fiscalização (Gefa) do Ipaam, Hermógenes Rabelo, o incidente é considerado crime ambiental gravíssimo.
Segundo ele, o vazamento foi a partir da válvula de contenção de segurança do caminhão-tanque que estava estacionado irregularmente na via.
“As consequências são gravíssimas para o meio ambiente. É um material derivado de petróleo com toxicidade é altíssima e quem mais vai sofrer é a biota aquática, principalmente os peixes, plânctons, fitoplanctons, como também a floresta adjacente que foi afetada. A empresa responsável vai realizar a retirada do produto e sofrer todos os procedimentos medidas administrativas cabíveis para que isso não volte acontecer”, disse.
O Ipaam relatou que, conforme a dimensão do impacto ambiental, a empresa pode ser autuada em até R$ 500 mil.
Fonte: IPAAM