
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) terá a oportunidade de colocar em prática três fetiches, se o Irã bombardear Israel: 1- defender a bandeira do país de Netanyahu; 2- prestar “relevantes” serviços a Trump; e 3- participar de uma guerra, além da abstração.
Os Estados Unidos já obtiveram ontem (7) uma resposta parcial dos iatolás com o bombardeio de bases militares no Iraque, mas, ao que parece, foi mais uma satisfação iraniana interna (política) do que efetivamente uma contra-ofensiva bélica.
Israel surge na retórica porque é o principal aliado dos americanos no Oriente Médio e, por isso, alvo de ameaças de movimentos ligados a Teerã.
“Quem quer que nos ataque receberá uma resposta retumbante”, afirmou Benjamin Netanyahu, após os disparos de mísseis contra bases usadas pelo Exército americano no Iraque, em resposta ao assassinato do general iraniano Qassem Soleimani.
Voltemos a Bolsonaro.
O presidente brasileiro tem mais devoção às bandeiras dos EUA e de Israel do que à verde-amarela. Já deu demostrações disso ao bater continência ao país de Donald Trump e agitar o standart com a estrela de Davi (a bandeira do Estado de Israel).
Para deixar claro sua subserviência a fetiches religiosos e ideológicos, Bolsonaro começou recrutar soldados brasileiros pela internet e publicou uma nota oficial em apoio aos ataques dos Estados Unidos que resultaram no assassinato do general iraniano.
É neste contexto que Jair Bolsonaro estuda enviar tropas brasileiras ao Oriente Médio, se Israel for efetivamente bombardeado pelo Irã.