
Os trabalhadores dos transportes rodoviários de Manaus estão apreensivos com a queda vertiginosa do número de passageiros nos últimos cinco dias.
De acordo com a categoria a redução chega a mais de 60% e tem diminuído dia-a-dia o número de passageiros que ainda se arriscam pegar um ônibus. Isso tem criado outro problema junto aos donos das empresas, que já ameaça tirar benefícios e reduzir empregos.
Com a falta de passageiros, caiu também o faturamento e isso tem motivado os empresários do setor a cortar o plano de saúde, o cartão benefício, o vale alimentação, horas extras e ainda ameaçam reduzir o turno de trabalho para 06 horas diárias.
A medida, segundo o motorista Ariosto Rodrigues, vale até a crise do coronavírus passar. No entanto, nada garante que eles estendam, definitivamente, os cortes aos benefícios dos trabalhadores.
O medo da categoria é que o empresário aproveite a crise do Covid-19 para tirar todas as conquistas de anos de luta. “Foram anos de negociações para serem suspensas agora e ainda ficar sujeito a perder tudo depois da crise do coronavírus”.
Os motoristas que conversaram com a redação do portal, preferem não se identificar por temer represália, mas disseram que vão procurar o Sindicato para que eles, os diretores, encontrem uma fórmula de evitar o retrocesso nos direitos dos trabalhadores.