Plano de gestão do desastre natural prevê cheia histórica no Amazonas

José Melo acompanha Defesa Civil/Foto: Valdo Leão

José Melo acompanha Defesa Civil/Foto: Valdo Leão


Melo acompanha gtrabalho de ajuda aos desabrigados/Foto: Valdo Leão

De acordo com números da Defesa Civil apresentados ao vice-governador José Melo, as Bacias do Purus, Negro, Solimões, Amazonas e Madeira vêm apresentando sucessivos níveis anormais na cota de transbordamento, o que sugere tal possibilidade.


Diante dos atuais níveis de transbordamentos dos rios em 12 municípios amazonenses e dos fortes indícios meteorológicos de que o volume de chuvas não será reduzido antes do mês de junho, o vice-governador José Melo fez uma reunião em caráter emergencial na quarta-feira (12) com representantes da Defesa Civil, Secretaria de Estado da Saúde (Susam), Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania (Seas) e Forças Armadas, para agilizar as ações do Sistema de Comando Operacional a fim de minimizar os danos causados pela subida das águas.

Durante o encontro, a Defesa Civil mostrou ao vice-governador os números e prognósticos baseados no estudo de satélites e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), além dos municípios e suas respectivas populações que deverão ser atingidos pela enchente deste ano. O plano de gestão do desastre natural, no qual se prevê uma cheia histórica em muitos municípios, inclui coordenadorias para divisão de tarefas conforme a área de atuação específica dos órgãos públicos, como controle, logística, planejamento e administração.

Melo explicou que graças a esse trabalho ágil dos gestores públicos e ao pronto atendimento em conjunto com as prefeituras no socorro aos atingidos tem-se evitado vítimas fatais e o agravamento do drama humano. “Estamos fazendo e faremos tudo o que for possível, dentro da legalidade e no tempo certo, para socorrer e prestar assistência às vítimas, bem como, para auxiliar na reconstrução dos municípios afetados e a economia do Estado como um todo”, completou.

Números oficiais

De acordo com o estudo apresentado pela Defesa, a Bacia do Purus já atingiu níveis anormais para o período de cheia, que vai até a primeira quinzena de abril. O rio Acre, seu principal afluente, subiu 40 cm nas últimas 24 horas, está em 16,6 metros, o que significa 3,1 metros acima da cota de transbordamento.

No Porto de Manaus, onde se encontra a estação de monitoramento, o nível do rio Negro está subindo em média 4 cm por dia e está a 4,66 metros para atingir a maior cota histórica.

Na Bacia do Solimões, estações que monitoram a enchente apontaram que, em Tabatinga, o ritmo de subida do rio foi de 42 cm na última semana. O período da cheia na região se estende até a primeira quinzena de maio.

Ainda conforme os números apresentados, as estações que monitoram a Bacia do Amazonas, em Parintins, apresentam níveis acima de 0,52 metros em relação ao volume de água registrado no mesmo período durante a cheia histórica ocorrida no ano de 2012. O pico da cheia ocorre no mês de julho.

Por fim, a Bacia do Madeira, monitorada no município de Humaitá, vem apresentando níveis acima da média para o período e já alcançou a cota de 24,94 – recorde histórico.

“Temos projeções e variáveis históricas importantes, mas isso não é uma situação determinante, pois o que conta mesmo é minimizar os prejuízos públicos e privados e o total de famílias desabrigadas, evitando a situação de colapso total. Ainda estamos fazendo esse trabalho de socorro e apoio às famílias, mas também estamos preocupados com o pós-enchente e com a reconstrução dos municípios”, frisou o vice-governador.

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