
O espetáculo “Huma/”, que pré-estreia hoje (18), marca o retorno da colaboração entre os artistas autônomos Leo Scantbelruy e Francisco Rider, que já re”¹0ceberam premiações dentro e fora do Brasil. Os interessados em assistir a montagem deverão se dirigir ao estacionamento do Parque dos Bilhares até, no máximo, às 15h15. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) e serão vendidos apenas no local do evento, que tem o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas).
Francisco Rider é um artista manauara autônomo, que transita entre as linguagens das artes cênicas contemporâneas (teatro, dança e performance) e das artes visuais. Fez aperfeiçoamento artístico na Organização Movement Research, em Nova York (1996-1998), com bolsa da Fundação Capes/MEC. Ele também é Mestre em Letras e Artes pelo PPGLA/UEA e Especialista em Gestão Cultural pelo Senac SP.
Leo Scantbelruy tem 27 anos e é artista trans manauara com mais de dez anos de carreira em artes cênicas. Atuou em diversos estados do Brasil e no exterior.

Gere o espaço cultural Casa Passarinho, no centro de Manaus. Integra o Movimento Levante MAO de reivindicações de políticas públicas para a categoria trabalhadora e autônoma das artes. Formou-se em Licenciatura em Teatro pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Quem também integra a equipe de colaboradores é Koia Refkalefsky, atriz, figurinista, preparadora e criadora do grupo de teatro Loucozencena. Ela participa da Companhia de Teatro Vitória Régia há 35 anos e trabalhou com arte-terapia durante 30 anos no Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro.
Escreveu o livro “Memória da Loucura” em parceria com Rosangela Aufiero e Monique Rothen. Atuou em 15 peças de teatro e no cinema participou de cinco filmes.
Sinopse
“’Huma/’ é uma peça na qual uma mulher isolada vive em um ‘mundo-peste’, mas não só biológico, acima de tudo o da política da morte que nos devora cotidianamente.
’Mundo-peste’ é uma metáfora para todas as formas de violências, agressões, preconceitos e fobias contra corpos ‘indesejados’ pelos padrões normativos. Um dia, Huma decide romper com esse enclausuramento e vai para a rua, se deparando com os vírus invisíveis da peste. Então, como uma mulher-cidadã, que cresceu na ditadura civil-militar (1964 a 1984), ela se manifesta”, explica Rider.
AS PORTAS INVISÍVEIS DO MUNDO DISPÓTICO DO PORTO DE LENHA
Ainda mastigando com todos os sentidos a apresentação do espetáculo Huma/ em 16/07/2023, no Parque dos Bilhares em Manaus. A cidade e seus ruídos também são peças do espetáculo, isso, com igarapé poluído, e com um jacaré passeando. A atriz Leo nos hipnotiza com sua técnica corporal e vocal, nos faz ver o Brasil com os olhos de Huma. A participação de Rider é como um vento ou mesmo um tempo a beijar e acordar a personagem. Em mim, foi como um grito entalado na garganta que saiu pelos olhos: Evoé!