
Dezesseis estudantes de graduação e mestrado estão imersos num curso de campo na Mata Atlântica e na Amazônia. Ação é do Instituto Serrapilheira e leva os futuros cientistas a participarem do Programa de Formação em Ecologia destinado a capacitar cientistas de qualquer área do conhecimento para atuar nos diferentes subcampos da pesquisa ecológica.
Os jovens pesquisadores ficarão na Floresta Amazônica, na Área de Relevante Interesse Ecológico do Km 41, até 23 de julho. A ideia de levar os futuros cientistas para visitar dois biomas diversos em uma mesma viagem é ensinar aos alunos que essa atividade de campo é feita de forma diferente dependendo da região em que estão.

Antes de embarcar para o trabalho de campo, no início de julho, os alunos fizeram uma formação teórica nos meses de janeiro e fevereiro no Instituto Sul-Americano para Pesquisa Fundamental (ICTP-SAIFR), em São Paulo. Com aulas ministradas por cientistas de renome internacional, como Karen Abbott (Universidade Case Western Reserve, EUA), Priyanga Amarasekare (Universidade da Califórnia, Los Angeles, EUA) e Roberto Kraenkel (Instituto de Física Teórica da UNESP, Brasil), os jovens cientistas se aprofundaram nas principais questões da ecologia e receberam treinamento de modelagem matemática e métodos computacionais.
O objetivo da etapa prática do curso é aplicar em campo os modelos teóricos desenvolvidos na primeira fase e fazer o caminho inverso, pegando informações in loco para trabalhar em novas modelagens no campo da ecologia, a partir das ferramentas quantitativas aprendidas. Eles ainda vão aprender como fazer o relato acadêmico de uma experiência prática.

Os 16 alunos foram divididos em quatro grupos de quatro integrantes. Cada grupo desenvolverá um projeto próprio para cada um dos dois biomas. Ao final da imersão, os estudantes deverão apresentar dois relatórios em formato de artigo científico com as conclusões detalhadas de seus projetos.
O Programa de Formação em Ecologia quer contribuir para a formação de futuros cientistas. E a longo prazo desenvolver uma rede densamente conectada de cientistas brasileiros promissores, dedicados às grandes questões da ecologia.