
Bagres que vivem nos rios Amazonas e Solimões podem ser afetados pela dragagem. A atividade é realizada para minimizar os danos causados pela seca severa.
Entre os bagres mais conhecidos estão o surubim, a piramutaba, o filhote, a pirarara, a piracatinga e a dourada. Estes são comumente encontrados em feiras e mercados,
De acordo com especialistas, é necessário fazer estudos de impacto ambiental antes da dragagem. Neste caso, a região seria desde Tabatinga, na fronteira com a Colômbia e Peru. “A dragagem é uma medida paliativa com prejuízos incalculáveis à vida dos rios e dos seres que vivem e dependem deles, entre os quais, os humanos”, disse o doutor em Geografia Camilo Ramos.
Só o Amazonas consome 14 quilos per capta ano de pescado. É bem acima da média nacional, que é de 10,5 quilos per capta/ano.
A dragagem é mais um obstáculo na longa viagem dos bagres pelos rios amazônicos. A dourada, por exemplo, percorre mais de 11 mil quilômetros entre o a foz do Amazonas até as nascentes na região dos Andes, em processo de reprodução.
O mais preocupante entre os pesquisadores da área, segundo Camilo Ramos, é a falta de estudos aprofundados sobre as mudanças nos cursos dos rios causadas pela ação humana. “O governo deveria investir no replantio de árvores e recuperar áreas degradas pela pecuária e monoculturas de grande escala. Dragagem é o mesmo que enxugar gelo. Faz-se nesta seca, na próxima e na próxima e quem ganham com isso é o grande capital”, comentou Ramos.