Após a folia, quem paga a conta do lixo?

O rastro ambiental do Carnaval e a responsabilidade do poder público - Foto: Recorte

O Carnaval chega ao fim, e junto com os confetes e serpentinas, latas e garrafas de bebidas, um problema recorrente reaparece: o acúmulo de toneladas de lixo nas ruas das grandes cidades. O que acontece com todo esse resíduo? Quem é responsável pela limpeza? O poder público tem investido em estratégias eficazes para reduzir o impacto ambiental da festa?


Durante os dias de folia, o consumo desenfreado de plástico descartável e o descarte inadequado de resíduos agravam um cenário já preocupante nas cidades brasileiras. A questão vai além da limpeza imediata: o impacto ambiental pode durar semanas e, sem ações eficazes de gestão de resíduos, parte desse lixo pode acabar em córregos, rios e mares, intensificando os danos ao meio ambiente.

Em São Paulo, por exemplo, a Prefeitura recolheu 694,45 toneladas de resíduos durante o Carnaval de 2023. Em 2018, esse número foi de 957,9 toneladas, considerando tanto os blocos de rua quanto o Sambódromo do Anhembi. Apesar dos esforços para reciclagem, grande parte desse material ainda segue para aterros sanitários, sem reaproveitamento adequado.

Neste ano, a Eccaplan assumiu a gestão de resíduos do Bloco Casa Comigo, que desfilou em São Paulo no dia 22 de fevereiro de 2025. O bloco reuniu mais de 100 mil foliões, segundo a organização. A Eccaplan implementou um sistema eficiente de coleta e segregação de materiais, encaminhando os resíduos para uma cooperativa parceira, garantindo a reciclagem adequada e minimizando o impacto ambiental do evento.

Para discutir essa questão, Fernando Beltrame, CEO da Eccaplan e especialista em Net Zero e mercado de crédito de carbono, está disponível para entrevistas. Ele pode abordar como eventos sustentáveis podem minimizar o impacto ambiental e quais soluções poderiam ser adotadas pelo poder público e pela iniciativa privada para reduzir os danos causados pelo lixo pós-Carnaval.

Fernando Beltrame é mestre em compostagem pela USP, engenheiro pela Unicamp e CEO da Eccaplan, empresa pioneira no mercado de créditos de carbono no Brasil, desde 2008, e que tem lançado diversos programas como Evento Neutro, CO2 Neutro e Frete Neutro e atuado em aproximadamente 3.200 projetos de neutralização de CO2.

Beltrame tem mais de 20 anos de experiência em projetos de consultoria, sustentabilidade e estratégia Net Zero, já atuou em diferentes eventos e iniciativas como a COP18, Rio+20 e fóruns mundiais.

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