
Moradores de Benjamin Constant, no interior do Amazonas, enfrentam problemas de saúde em meio à cheia dos rios. Só na primeira quinzena de maio, o município registrou 419 casos de doenças gastrointestinais, quase o total de todo o mês de abril (420), segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Localizada na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, a cidade tem cerca de 21 mil pessoas afetadas pela cheia — aproximadamente 45% da população. O município está entre os 20 em situação de emergência, e integra a lista dos oito com emergência na área da saúde, conforme a Defesa Civil do Estado.
Casos como o da autônoma Sofia Alves, que levou a filha de seis anos ao hospital com dor abdominal, e o da professora Maria da Conceição, cujo filho de quatro anos teve vômitos e diarreia, ilustram os efeitos da contaminação da água.
Segundo a pesquisadora Geise Canalez, da Universidade Federal do Amazonas, estudos indicam altos índices de coliformes fecais no rio Javari, agravando os riscos à saúde, especialmente para crianças e idosos.
Agentes de saúde percorrem comunidades ribeirinhas distribuindo medicamentos e hipoclorito de sódio, além de orientar sobre o uso correto do produto para purificação da água.
“Evitar doenças, matar microrganismos na água, para não causar diarreia, febre e garantir água tratada”, reforçou uma das agentes.
Fonte: g1/Amazonas