O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira (Podemos), foi alvo de buscas da 9ª fase da Operação Sisamnes nesta sexta-feira (30). A Polícia Federal investiga o suposto vazamento de informações sigilosas sobre ações do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Mandados foram cumpridos na casa e no gabinete do prefeito, além de uma unidade penal de Palmas. O advogado Michelangelo Cervi Corsetti, que atua para Eduardo, também foi alvo. Eduardo negou ter acesso a informações privilegiadas e disse que apenas indicou Michelangelo como defensor de Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), preso em março de 2025.
Segundo a PF, diálogos indicam que Eduardo sabia antecipadamente de operações no Tocantins e teria uma fonte no STJ, que recebia pagamentos para repassar dados sigilosos. A polícia pediu seu afastamento do cargo, mas a Justiça apenas determinou a apreensão de seu passaporte e a realização das buscas.
A investigação apura crimes como obstrução de justiça, violação de sigilo funcional e corrupção. A Secretaria de Justiça do Tocantins nega privilégios ao preso Thiago Barbosa. O governador Wanderlei Barbosa declarou não ser investigado.
O caso faz parte de um inquérito mais amplo em tramitação no Supremo Tribunal Federal, sob relatoria do ministro Cristiano Zanin.
Fonte: g1
