
A recente fuga da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para os Estados Unidos, mesmo após condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), reacendeu a pressão sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro. O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), protocolou nesta terça-feira (4) um pedido formal à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que Bolsonaro seja monitorado por tornozeleira eletrônica.
Segundo Lindbergh, o caso de Zambelli acende um sinal de alerta para risco de fuga. A parlamentar deixou o país alegando necessidade de tratamento de saúde, mas sua saída foi vista por setores políticos como tentativa de escapar das consequências legais da condenação. Para o petista, o episódio reforça a necessidade de adotar medidas preventivas contra uma possível evasão de Bolsonaro, que é alvo de múltiplas investigações, incluindo suspeitas de tentativa de golpe, uso indevido da máquina pública e manipulação de cartões de vacina.
“Se Zambelli, já condenada, conseguiu sair do Brasil sob o pretexto de buscar tratamento, por que Bolsonaro, que enfrenta diversas acusações graves, não faria o mesmo? A tornozeleira eletrônica é uma medida razoável para garantir que ele não fuja da Justiça”, afirmou Lindbergh.
A solicitação à PGR faz parte de uma série de ações da bancada do PT para aumentar o controle sobre investigados de alta visibilidade, especialmente diante da possibilidade de novos desdobramentos nos processos que envolvem o ex-presidente. O tema também tem gerado mobilização nas redes sociais e entre juristas que apontam a necessidade de medidas cautelares mais rígidas, dadas as circunstâncias e a posição política do investigado.