Lula lança Plano Safra 2025/2026 e afirma: “Queremos consolidar o Brasil como celeiro do mundo”

Foto: Ricardo Stuckert/Secom-PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta segunda-feira (1º), o lançamento do Plano Safra 2025/2026, que contará com R$ 516,2 bilhões em crédito para médios e grandes produtores rurais. O valor representa um aumento de R$ 8 bilhões em relação ao ciclo anterior e é considerado o maior da história do programa voltado ao agronegócio empresarial.


Durante a cerimônia, Lula reforçou o compromisso do governo com o setor agropecuário e com o fortalecimento do Brasil como potência agrícola mundial. “Nosso objetivo é consolidar o papel do Brasil como celeiro do mundo. Batemos mais um recorde de recursos, mas queremos ir além: maximizar os ganhos para os produtores, para a sociedade e para o país”, afirmou.

O presidente também defendeu a integração entre grandes e pequenos produtores, ressaltando que a agricultura deve ser um espaço de cooperação e não de disputa. “O pequeno não é inimigo do grande. Eles se complementam e, juntos, constroem a nação”, disse.

Sustentabilidade e inovação no campo

Com o slogan “Força para o Brasil crescer”, o novo Plano Safra traz inovações voltadas à sustentabilidade e à eficiência na produção. A partir de agora, contratos de custeio acima de R$ 200 mil deverão seguir o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), o que aumenta a segurança das operações e protege o cultivo contra perdas climáticas.

Também foram ampliadas as possibilidades de financiamento, incluindo a compra antecipada de rações, suplementos e medicamentos veterinários, além da produção de sementes e mudas florestais, contribuindo para práticas agrícolas ambientalmente responsáveis.

Outro destaque é a flexibilidade na renegociação de dívidas, medida voltada a produtores afetados por crises anteriores, que agora terão mais oportunidades para recuperar o fluxo produtivo.

Crédito ampliado e fortalecimento da agroindústria

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou o esforço do governo para manter condições atrativas de financiamento, mesmo com a alta da taxa Selic. “Apesar da Selic estar em 15%, conseguimos manter os juros do Plano Safra com elevação limitada entre 1,5% e 2%, o que demonstra a força do governo para sustentar um plano competitivo”, disse.

Fávaro também reforçou a diversidade da produção agropecuária brasileira. “Não falamos apenas de grãos. O campo brasileiro produz mais de 1,1 bilhão de toneladas por ano, incluindo carnes, frutas, celulose e muito mais, tudo com sustentabilidade e geração de excedentes para exportação”, destacou.

Segundo o ministro, o Brasil já abriu 387 novos mercados internacionais para seus produtos, consolidando-se como um dos principais fornecedores globais de alimentos. “O país se tornou o supermercado do mundo. Esse plano fortalece a indústria, o comércio e garante emprego, renda e crescimento com responsabilidade ambiental”, concluiu.
Mais acesso e investimentos estratégicos

Com foco na inovação, o governo unificou os programas Moderagro e Inovagro, facilitando o acesso ao crédito para modernização de granjas, armazenagem e infraestrutura rural. O subprograma RenovAgro Ambiental também foi ampliado, incluindo ações de prevenção a incêndios e recuperação de áreas degradadas.

Outros avanços incluem:

• Ampliação da capacidade de armazenagem financiada: de 6 mil para 12 mil toneladas;
• Aumento do teto de renda do Pronamp: de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões anuais;
• Acesso ampliado ao Funcafé, mesmo para produtores com contratos ativos no Plano Safra.

Desenvolvimento unificado do campo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, frisou que os anúncios do Plano Safra — tanto para agricultura familiar quanto empresarial — fazem parte de uma única estratégia de desenvolvimento rural. “São planos voltados para públicos distintos, mas com o mesmo objetivo: fortalecer o campo como motor da economia, gerador de emprego e de justiça social”, disse.

Haddad também apontou os avanços da política econômica do governo, que combina sustentabilidade, logística e transição energética. “Mesmo com adversidades climáticas e cenário externo desafiador, o Brasil mostra força econômica. E a reforma tributária será um divisor de águas para o setor agroindustrial”, afirmou.

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