
Segundo informação do jornal britânico “The Guardian”, o Parlamento alemão aprovou hoje, sexta-feira (17), a negociação do programa de resgate à Grécia.
A votação favorável na Alemanha ocorre dois dias depois de o Parlamento grego ter aprovado as propostas.
Com isso, o Parlamento alemão dá o sinal verde para que as negociações sobre um terceiro resgate à Grécia, de € 82 bilhões a € 86 bilhões, continuem com base nos termos acordados por líderes da zona do euro na segunda-feira —um pacote de austeridade considerado extremamente intervencionista e que gerou protestos na Grécia.
A negociação do acordo, costurada por líderes da zona do euro depende da aprovação de alguns Parlamentos europeus. A França aprovou as negociações antes mesmo da Grécia, e na quinta-feira a Finlândia fez o mesmo. Também precisam votar a proposta Áustria, Holanda, Eslováquia e Estônia.
De acordo com o “The Guardian”, 50 membros do partido da chanceler Angela Merkel, o CDU, votaram contra o projeto, ecoando a profunda incompreensão popular sobre o envio de mais ajuda para Atenas. A Alemanha é o país da zona do euro que mais tem contribuído para os dois resgates anteriores da Grécia desde 2010.
Mais cedo, no entanto, Merkel havia afirmado ao Parlamento que “a alternativa a esse acordo não seria uma saída temporária da zona do euro (…) mas sim um previsível caos”.
“Seriamos grosseiramente negligentes, e agiríamos de forma irresponsável, se nós ao menos não tentarmos esse caminho”, disse.
Na quinta-feira, o ministro das Finanças Alemão, Wolfgang Schaeuble havia sugerido que seria melhor a Grécia passar um tempo fora da zona do euro para resolver seus persistentes problemas econômicos.
Mas Merkel defendeu nesta sexta com firmeza as negociações do novo acordo com a Grécia para impedir a saída do país da zona do euro, o que poderia afetar toda a união monetária.
A Chanceler demonstrou, no entanto, ceticismo de que uma saída temporária grega do bloco de moeda única resolveria o problema, dizendo que nem a Grécia nem os outros 18 países membros da zona do euro estão dispostos a aceitar a ideia. “Por consequência, esse caminho não é viável”, disse.