

PRAKASH SINGH/AFP
O líder do Partido Socialista da Índia provou indignação nesta sexta-feira (11) ao afirmar que mulheres que têm relações sexuais fora do casamento devem ser enforcadas e que homens que cometeram estupros devem ser perdoados.
Mulayam Singh Yadav, candidato ao governado do Estado de Uttar Pradesh, afirmou que, se fosse primeiro-ministro, iria desfazer a lei recentemente apresentada que fixa pena de morte para estupradores.
Referenciando um caso em Mumbai, no qual três homens foram condenados à morte por dois estupros coletivos, Yadav afirmou que eles não podem passar por isso, porque é aceitável que homens comentam erros.
— Homens são homens. A mulher sempre reclama que foi estuprada.
Os comentários de Yadav provocaram protestos de ativistas dos direitos da mulher e de seus adversários políticos. Logo depois dos protestos, ele voltou atrás e tentou mudar sua opinião.
— Pessoas inocentes não devem ser enforcadas. Aos estupradores deve ser dada uma punição mais severa.
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As movimentações contrárias às afirmações de Yadav continuaram quando um outro líder do seu partido sugeriu que as mulheres estupradas também fossem enforcadas junto com o estuprador.
Segundo o jornal britâncio The Independent, quando questionado sobre os comentários de Yadav, o ex-representante de Uttar Pradesh, Abu Azmi disse que a violação deve ser punida por enforcamento, de acordo com o Islã.
— Aqui nada acontece com as mulheres, apenas com os homens, mesmo que a mulher seja a culpada.
Quando um repórter local fez mais perguntas sobre o tema, Azmi continuou irrefutável.
— Eu acredito que um estuprador deve ser enforcado cem vezes. A mulher também. Isso não deve ser permitido.
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