Fieam aponta aquecimento do mercado internacional para produtos amazônicos

Palestra na Fieam sobre aquecimento econômico/Foto: Divulgação

Em meio à crise das indústrias de produtos tradicionais, o Centro Internacional de Negócios (CIN-AM), ligado à Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), apontou a venda de produtos amazônicos ao mercado internacional, como alternativa aos empresários que desejam empreender em novos negócios.
A avaliação é do consultor do CIN-AM, Luiz Oliveira, durante a segunda capacitação do Projeto de Inserção Internacional Competitiva de Pequenos Negócios (INSERI), realizada na última sexta-feira, na sede da Fieam, e promovido pelo Centro Internacional de Negócios. A capacitação abordou o tema “Exportação Passo a Passo” e contou com a presença de  empresários de Manaus.


Segundo Luiz Oliveira, a participação e o potencial das empresas amazonenses surpreenderam nos quesitos desenvolvimento e produto, o que aponta para viabilidade de uma maior participação de produtos amazônicos no mercado internacional. “O que temos encontrado aqui são empresas com muito potencial exportador e engajadas nessa atividade comercial. Percebemos também que o próprio Estado do Amazonas já tem um forte apelo de vendas devido a seus produtos naturais”, afirmou.

Apesar de já ter participado de feiras internacionais, esta é a primeira vez que Natasha Mayer, proprietária da Amazon Biocare, participa do curso INSERI da Fieam. A empresária disse que no ramo em que atua, cosméticos, os negócios com o mercado europeu não foram prejudicados com a crise econômica. “O projeto do CIN-AM está nos ajudando a melhorar o serviço a esse tipo de público e conseguir fechar importantes negócios mesmo em período de crise”, disse.

O engenheiro agrônomo Rivaldo Araújo, sócio da Agrorisa, aponta que o mercado de alimentos com apelo amazônico no exterior continuou com a venda em alta no primeiro semestre este ano e com boas perspectivas no fechamento de 2015. “Trabalho há 21 anos no setor alimentício e percebi que diante desta dificuldade, a exportação foi uma importante alternativa”, esclareceu. Araújo apontou, ainda, que os produtos que possuem mais apelo no ramo são naturais, como pigmentos, corantes e extratos, exportados principalmente para o EUA, Alemanha, França, Itália e Suíça.

Capacitados

No término da capacitação do INSERI, o gerente-executivo doCIN-AM, Marcelo Lima, informou que todos os empresários poderão ter uma visão ampla sobre os processos e as viabilidades para realizarem exportação. “Podemos perceber os produtos naturais, alimentícios e de cosméticos são os que mais possuem apelo para essa atividade. Não é à toa que os empresários que estão aqui já exportam para mercados bem desenvolvidos como o EUA, Alemanha e Japão. Agora, eles estarão mais seguros para competir no mercado internacional”, assegurou o executivo.

De acordo com análise do consultor Luiz Oliveira, questões como estrutura da empresa e planejamento são os itens que devem ser otimizados nas empresas participantes do curso. “Assim, eles conseguirão um aumento do volume de vendas e podem garantir que sua participação não seja apenas pontual, e sim sustentada no mercado externo”, apontou Oliveira. O consultor finalizou lembrando que a logística como outra área que deve ser fortemente trabalhada para que o Amazonas seja mais ativo no mercado internacional.

Artigo anteriorMT: polícia prende 14 funcionários de empresa que desviavam cargas
Próximo artigoSegundo Renan Calheiros desonerações devem ser votadas hoje (18)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui