
A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã de terça-feira (18) sete mandados de busca e apreensão nos municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás que resultaram na prisão de autoridades e empresários.Eles são acusados de fazer parte de um esquema de desvio de recursos do transporte escolar dos municípios, que envolve as empresas Canaã Transportes e Pavinorte.
De acordo com as investigações, funcionários públicos da prefeitura de Paraupebas e empresários se uniram com o propósito deliberado de desviar recursos, por meio de contratos fraudulentos e licitações fantasmas do transporte escolar rural.
A afirmação é do delegado da Polícia Federal de Marabá Antonio Carlos Cunha Sá, que coordenou a operação “Desfecho”, deflagrada na manhã desta terça-feira (18) nos municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás.
A operação “Desfecho”, como o nome sugere é desdobramento da operação “Terra Prometida” deflagrada em setembro de 2014 na sede da Prefeitura de Parauapebas.
Naquela ocasião, agentes da PF apreenderam computadores e documentos, cujos objetos foram periciados e aparentemente se constatou uma denúncia que a PF recebeu que aponta para um orquestrado esquema de desvio de recursos do transporte escolar rural.
A Polícia Federal cumpriu vinte mandados expedidos pela Justiça Federal de Marabá, sendo sete de prisão preventiva, nove de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva.
Segundo o delegado da PF, desde 2013 que o esquema estava em andamento e contabiliza-se pelo menos R$ 7 milhões desviados.
Basicamente o esquema funcionou por meio de contratos de supostas empresas prestadoras de serviço voltado ao transporte escolar de alunos da zona rural, entretanto a PF detectou que neste esquema, duas empresas se revezaram nesta suposta prestação de serviço com o objetivo deliberado de desviar recursos.
Os presos são: Gilson Silva Pinheiro; empresário dono da Canaã Transportes, Chirlean Rodrigues Costa, que à época do esquema era secretário adjunto de educação, a atual secretária, Juliana Sousa Santos, Sebastião Luís de Assis, coordenador de transportes, Ivan Viana Sobrinho, presidente da Comissão de Licitação.
O empresário Valdemar, dono da Pavinorte, bem como um sétimo suspeito são considerados foragidos já que têm mandados de prisões preventivas decretadas e podem ser presos a qualquer momento.
Todos os presos foram encaminhados para o Centro de Triagem de Marabá (CTM).
(DOL)