Soldado que vazou dados ao Wikileaks tem sentença de 35 anos confirmada

Bradley Manning foiacusado de vazar documentos confidenciais do governo americano à organização Wikileaks
REUTERS/Gary Cameron

Um general do exército dos EUA confirmou a condenação a 35 anos de prisão contra o soldado Bradley Manning, acusado de vazar documentos confidenciais do governo americano à organização Wikileaks, informaram fontes militares nesta segunda-feira (14).


A aprovação da sentença, decidida pelo general Jeffrey Buchanan na semana passada, abre caminho para um recurso automático da causa no Tribunal de Apelações Criminais do Exército.

A decisão de Buchanan foi tomada depois de considerar o pedido de clemência apresentado pela equipe de Manning em março.

A confirmação da decisão do conselho de guerra, de 21 de agosto de 2013, significa que o soldado não obteve o perdão.

Conheça os programas da NSA que espionam os telefones e a internet

Após escândalo da espionagem, EUA querem reparar relação com o Brasil em 2014

O exército explicou que as opções de Buchanan incluíam a desaprovação de toda ou de parte dos resultados da condenação e a rejeição ou modificação total ou parcial da sentença.

A defesa de Manning alegará se tratar da condenação mais longa jamais imposta por esse tipo de crime na história dos Estados Unidos.

O jovem, declarado culpado no final de julho em 20 das 22 acusações feitas pela promotoria, se livrou de uma condenação à prisão perpétua sem liberdade condicional ao ser inocentado de “ajuda ao inimigo”.

Ele também evitou a pena máxima, de 90 anos, fixada como teto pela juíza na última fase processual pelos delitos de violações da lei de espionagem, roubo de informação do governo e abuso de sua posição no exército.

Manning, que está há mais de três anos sob custódia militar após sua detenção no final de maio de 2010, à espera de um julgamento que começou em 3 de junho, terá esse tempo considerado em sua pena, além dos 112 dias adicionais em compensação pelo regime de isolamento e abuso que passou em Quantico (Virgínia).

O agora ex-soldado manifestou imediatamente após a sentença seu desejo de se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo e pediu que passasse a ser chamado de “Chelsea”.

Artigo anteriorPSB anuncia chapa com Eduardo Campos para presidente e Marina Silva como vice
Próximo artigoBiden garante que seleção dos EUA está pronta para Copa do Mundo

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui