Atuação das mulheres nas áreas de tecnologia é debatida durante fórum, em Manaus

Palestrante debate o tema do Fórum/Foto: Divulgação

Com o objetivo de incentivar a atuação de mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação, o Instituto de Computação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com a apoio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) promoveu, na última sexta-feira (29), o I Fórum Cunhantã Digital, evento que reuniu educadores, estudantes de graduação, profissionais e comunidade em geral, com interesse no segmento das novas tecnologias, realizado no Novotel Manaus.


O Fórum, que é inspirado no movimento nacional Meninas Digitais, coordenado pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), promoveu um espaço de divulgação e troca de experiência acerca da temática, destacando a importância, inclusive, da integração entre homens e mulheres nesse campo de atuação.

O evento contou com a participação de representantes da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam).

De acordo com uma das coordenadoras do Fórum Cunhantã Digital, Fabíola Nakamura, o projeto vem ganhando espaço no Amazonas, e pretende criar parcerias com instituições de ensino públicas e privadas, a fim de que a proposta seja levada a escolas de ensino fundamental e médio, indústrias e instituições vinculadas a esse segmento. “Historicamente, a quantidade de mulheres que atuam no segmento das novas tecnologias é reduzida. Nossa proposta é alcançar também esse público, apresentando a área com mais profundidade e dar a elas a oportunidade de conhecer e, quem sabe no futuro, tornarem-se profissionais desse segmento”, explicou Fabíola Nakamura.

Movimento Nacional – Segundo o professor doutor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), secretário Regional da SBC do Mato Grosso e coordenador do Programa Meninas Digitais, Cristiano Maciel, a ideia é mostrar que o segmento das novas tecnologias também têm espaço para as mulheres. “A falta das mulheres atuando na área de novas tecnologias é um problema, pois as habilidades que homens e mulheres têm se complementam no ambiente de trabalho. Com base nisso, começamos a fazer debates, fóruns de discussão com essa temática e em 2015, a SBC decidiu que seria um programa oficial e iríamos juntos fazer mais ações que possam mostrar às mulheres o que são as áreas de exatas e que isso também é coisa de menina”, afirmou Cristiano Maciel.

“Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) apontam que, no Brasil, dos mais de 580 mil profissionais que atuam no segmento das Tecnologias da Informação, apenas 20% são mulheres. Todo o esforço do movimento nacional Meninas Digitais e, regionalmente, pelo Cunhantã Digital, visa reverter esse quadro”, acrescentou Fabíola Nakamura.

Para a professora do ensino fundamental da escola municipal Raimunda Soares de Deus, Khatlen Queiroz, 23, a temática abordada chamou sua atenção e motivou a participação no Fórum. “Na área das tecnologias, é comum vermos sempre um número maior de homens atuando e eu acredito, como professora, que as mulheres também entendem desse segmento e precisam participar mais”, contou.

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