
“Subindo ao Céu” era a valsa tocada pela violinista Ária Ramos, no momento em que foi atingida por um bala perdida, em um baile de Carnaval, no Ideal Clube, em 1915. Mais de cem anos depois, a vida e a morte da artista inspiram a exposição fotográfica “A Última Canção”, que estreia na quarta-feira (17), no Museu Paço da Liberdade.
Entre as surpresas programadas para a abertura, está a apresentação do violinista Diego Alessandro Coutinho, que tocará a última canção apresentada por Ária. Diego tem 23 anos e cursa Música, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Ele conta que Ária Ramos, também, é tema do seu trabalho de conclusão de curso (TCC), que deverá ser apresentado ainda este ano. Esta será a primeira vez que ele tocará “Subindo ao Céu” em público.
“Tomei conhecimento sobre a vida de Ária e iniciei as pesquisas sobre a vida dela. Gosto muito de história e essa une fatos reais à música, e é especial porque conta a vida de uma pessoa da nossa cidade. Quando fui convidado para tocar essa valsa, eu já estava ensaiando para minha apresentação”, comentou Diego, que também toca na Orquestra Experimental da Amazonas Filarmônica.
Jornais da época relatam o momento em que Ária Ramos foi fatalmente atingida. Ela estava executando “Subindo ao Céu”, de autoria de Aristides Borges. A artista foi socorrida e levada à Santa Casa de Misericórdia por participantes do baile, mas não resistiu.
Aberta ao público a partir do dia 17 de fevereiro, a data escolhida não é simples coincidência: marca os 101 anos de morte de Ária. No total, compõem a exposição 24 fotografias de Tácio Melo, Rodrigo Tomzhinsky, Thaís Tabosa e Bárbara Umbra, organizadores da mostra.
Mesa Redonda
No sábado (20), no Salão Nobre do Museu Paço da Liberdade, ocorrerá a Mesa Redonda sobre a exposição. Além dos fotógrafos, estarão presentes os figurinistas e maquiadores responsáveis pela produção da modelo Gabriela Nunes, que interpreta Ária Ramos. O pesquisador da biografia da artista, José Cardoso, vice-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), contará a história da artista.
O Museu Paço da Liberdade, está localizado na Praça Dom Pedro II, S/N, e funciona de segunda a sexta, das 09h00 às 16h30 e aos sábados, das 09h00 às 16h00. A solenidade de abertura da exposição será as 15h00 de quarta-feira (17), com a mesa redonda àss 09h30, no sábado.