
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), deu sinais claros de que não quer responsabilidade nenhuma com a recuperação do asfalto do Distrito Industrial (DI). Há mais de três anos, ruas e avenidas da “galinha dos ovos de ouro do Estado”, estão abandonadas, cheias de buracos e sendo um motivo de risco para transeuntes e motoristas que trafegam diariamente pela área de maior arrecadação do Estado do Amazonas.
Na opinião do superintendente adjunto de operações da Suframa, Adilson Vieira, já que o prefeito vem protelando a recuperação do asfalto, alegando falta de recurso e fazendo coro à fatídica crise propalada pelo PSDB nacional, o Governo poderia aproveitar a oportunidade para fazer uma ação emergencial e tapar os buracos que se espalham perigosamente por todas as vias do DI.
Atualmente, está difícil trafegar nas ruas esburacadas. De um modo geral, as lideranças sindicais, patronais e dos trabalhadores vem alertando sobre o perigo dos acidentes graves e prejuízos com cargas, veículos e pessoas. “Já aconteceram vários acidentes, morreu gente à noite e a prefeitura não toma nenhuma providência”, aponta o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana.

O tema buracos no asfalto no Polo Industrial de Manaus (PIM) não é novo. Uma semana depois de a superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, tomar posse. O prefeito foi ao seu gabinete para dar boas vindas e dizer que iria resolver o problema do asfalto, por entender que a área industrial está dentro do perímetro urbano de Manaus, dentro da jurisdição da prefeitura. Ficou na promessa e no esquecimento do prefeito.
Em outras palavras, o prefeito Arthur Neto (PSDB) virou as costas para a maior área geradora de empregos, renda e que movimenta praticamente 90% da economia do Estado, alegando que o governo federal não tem lhe enviado dinheiro.

Entretanto, a prefeitura cobra IPTU (Imposto Predial Territorial e Urbano) das fábricas, mas não reveste isso em benefícios para os fabricantes e geradores de empregos e renda para o Estado e município. Daí fica o apelo dos trabalhadores, do superintendente adjunto, do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos ao governador José Melo: “Já que ninguém sabe quem é o responsável pelo asfalto do Distrito Industrial, que o governo aproveite para fazer algo que atenda aos geradores de recursos para o Estado”.
