ONGs e ambientalistas discutem nova matriz econômica e ambiental no AM

ONGs e Ambientalistas reúnem, em Manaus/Foto: Reprodução

Com o objetivo de discutir com a sociedade civil, as bases de construção para um novo modelo de desenvolvimento sustentável do Estado, será realizado nos dias 01 e 02 de abril, terça e quarta-feira, em Manaus, o Fórum Matriz Econômica Ambiental do Estado, no hotel Amazônia Golf Resort, no quilômetro 64, da rodovia AM-010, e contará com a presença de 90 convidados, incluindo organizações não governamentais (ONGs), secretários de Estado, técnicos, embaixadores, além de representantes da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ).
A iniciativa, liderada pelo governador do Amazonas, o evento tem como base os princípios estabelecidos pela Política Estadual de Serviços Ambientais, sancionada em dezembro de 2015, criado a partir dos encontros do governador e da equipe do Amazonas com personalidades brasileiras e estrangeiras na 21ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 21), realizada em Paris, na França, em dezembro de 2015. O fórum é uma preparação para as atividades que serão realizadas em junho deste ano no Amazonas, mês do Meio Ambiente.


De acordo com o governador José Melo, o fórum é um marco político fundamental para o Amazonas, uma vez que consolida a evolução das políticas públicas ambientais para uma matriz econômica ambiental e possibilita novos investimentos e modo de gestão. “É uma reunião preparatório para um grande encontro que vamos realizar no mês de junho. O eixo principal é construir uma nova matriz de desenvolvimento sustentável para o Amazonas. Quero fazer isso com os ambientalistas e as ONGs, pois quero que o peixe que vai sair daqui enlatado tenha o selo de entidades que o mundo respeita, para ter a marca da sustentabilidade ambiental e econômica como o grande diferencial para acessar os mercados consumidores”, disse.

José Melo destacou que três eixos serão discutidos durante o Fórum. “Queremos trabalhar três eixos. O primeiro é uma matriz econômica sustentável para o Amazonas, que será implantada nas áreas degradadas do Estado, criando peixe em cativeiro e fruticultura. Se fizermos isso no nosso 1% de área degradada, seremos o maior produtor de peixe do país. A outra é a BR-319, o seu asfaltamento com as garantias de preservação do ecossistema. E a terceira vertente é a ciência e tecnologia, buscando mecanismos para trazer o conhecimento de pesquisas sobre a Amazônia para a nova UEA. Também quero inserir a questão das queimadas, e obter recursos para treinar brigadas no interior e adquirir equipamentos para controlar esses incidentes”, afirmou.

Agenda de discussões – A ideia do Fórum Econômico e Ambiental é ouvir a sociedade, suas sugestões e demandas sobre o meio ambiente. A abertura oficial será no dia 1° de março com a palestra “Pressupostos e Diretrizes Políticas para a Nova Matriz Econômica Ambiental do Amazonas”, proferida pelo governador José Melo. O primeiro dia será focado nas discussões gerais. As atividades seguirão com palestras de outras autoridades das áreas do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Planejamento e Tecnologia.

O secretário de Estado do Meio Ambiente (Sema), Antonio Stroski, vai discorrer sobre “Políticas Ambientais para o Desenvolvimento Sustentável no Amazonas”. Já o consultor Roberto Vizentin falará sobre a “Nova Matriz Econômica Ambiental e a Integração com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável Global e as Políticas Públicas Nacionais”; e o secretário de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplan-CTI), Thomas Nogueira, tratará sobre o “Estado da Arte Frente a Nova Matriz: Histórico, Contexto, Desafios e Avanços”.

Outra palestra confirmada no evento trata sobre o “Uso e Ocupação da Terra do Amazonas” e será proferida pelo chefe da Unidade Estadual do IBGE no Amazonas, José Coelho. O secretário de Estado de Produção Rural (Sepror), Sidney Leite, falará sobre “O Setor Primário na Matriz Econômica Ambiental do Amazonas”. Já o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, vai explanar sobre “A Competitividade Empresarial na Matriz Econômica Ambiental do Amazonas”.

As discussões também envolverão o tema “Ciência e Tecnologia”. O reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Cleinaldo Costa, debaterá a pesquisa e a tecnologia como eixo integrador do desenvolvimento sustentável. Participam dessa discussão o diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), René Levy, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Luiz Renato de França, e o chefe-geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Amazônia Ocidental (Embrapa), Luiz Marcelo Brum.

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