Casamento coletivo em presídio vai unir 18 casais em Manaus

A ansiedade toma conta de Eudilene Guimarães, de 30 anos, uma das futuras nubentes do casamento coletivo. O noivo dela está preso no Complexo Prisional Anísio Jobim (Compaj), em regime fechado. Eudilene conta que não foi exatamente assim que sonhou se casar, mas está feliz e contou sua história: “Estou muito emocionada. Eu queria me casar, mas nunca tive a oportunidade por causa de dinheiro. Uma vez, lá na unidade prisional, fui visitar ele [o noivo] e fui pedida em casamento. Fiquei empolgada. Não pensei em me casar na unidade, mas como surgiu a oportunidade, dei graças a Deus”.


“Identificamos nas conversas com os internos que a maioria deles se sente o estorvo da sociedade. A autoestima deles fica muito baixa. Esse link com a família é muito importante para que eles consigam essa força, essa vontade de melhorar”, explica Zuleide Machado, chefe do departamento da Seap.

De acordo com Zuleide, o projeto busca também passar valores familiares para os detentos que vão se casar: “Nós verificamos também que 72% das pessoas que estão no sistema prisional não tiveram uma família organizada, não tiveram a figura do pai. Então fazemos essas palestras para eles sobre a necessidade deles serem pessoas do bem, que eles sejam exemplos para os filhos, e isso começa com a responsabilidade de se reorganizarem enquanto estrutura familiar”.

(Agência Brasil)

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