
Pode estar sendo desenhando outro cenário político para a campanha de 2016, rumo à prefeitura de Manaus. A decisão deve acontecer a partir do último dia de desincompatibilização de cargos das autarquias, previamente determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nos dias 02 Junho ou 02 de Julho.
Seria uma candidatura lançada no vácuo pré-eleitoral existente hoje em Manaus, uma vez que, dois ditos fortes candidatos e prováveis vencedores do pleito para a prefeitura de Manaus de 2016, deram com as canoas n’água. A leitura que eles fizeram dos movimentos de rua e o voto “sim” para o impeachment da presidente Dilma Rousseff (17/04), os levaram à desconfortável posição das desculpas esfarrapadas e até à expulsão de suas legendas.
Esses fatores credenciam a volta da superintendente da Suframa, a empresária e ex-deputada federal Rebecca Garcia (PP), aos comícios e caminhada de rua pelo direito de ser eleita a próxima prefeita de Manaus. Tudo caminha para isso. Ela não confirma, também não negou que possa vir a ser candidata.
Rebecca tem uma conversa com o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, em Brasília na próxima semana, partido ao qual é filiada, para definir algumas posições. Entre elas o cargo de superintendente, sabidamente, pertencente à presidente da República. Caso ela venha requerer a direção da autarquia, Rebecca vem para a candidatura.
A contar pelos dois pré-candidatos, considerados fortes, mas que se perderam pelo caminho – Hissa Abrahão (expulso do PDT por descumprir determinação do partido), Marcelo Ramos ou Alfredo Nascimento que também descumpriu determinação do partido e traiu a presidente Dilma com seu voto “sim” – colocam Rebecca com fortes possibilidades de se eleger prefeita, com apoio do PMDB do senador Eduardo Braga.
A candidatura de Rebecca Garcia, nesse caso, será colocada no vácuo político deixado por políticos ditos experientes, mas visivelmente gananciosos, ao ponto de lançarem suas candidaturas num balcão de apostas e, pelo visto, estão perdendo por antecipação.
Com isso, Rebecca estará levando, no mínimo, as eleições para o segundo turno e salvando a população do vexame de ter que reeleger um dos piores prefeitos que Manaus já teve, o tucano Arthur Virgílio Neto (PSDB).