Posto de combustível é interditado após vender gasolina adulterada, na Zona Sul

Um posto de combustível, localizado na Avenida Castelo Branco, no bairro Cachoeirinha, na Zona Sul de Manaus, foi interditado na manhã desta terça-feira (5), por fiscais do Instituto de Pesos de Medias do Amazonas (IPEM-AM) e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), após clientes reclamarem sobre a origem da gasolina.


Equipes dos órgãos estiveram no local e constataram que os veículos estavam sendo abastecidos com uma mistura de água e gasolina. Amostras para comprovar a adulteração foram realizadas no próprio posto, onde constatou que 60% do líquido era composto por água.

Pela manhã, ao menos oito clientes reclamaram que, logo depois de abastecerem, os veículos apresentaram problemas a poucos metros do posto.

Além da gasolina com mistura de água, os fiscais constataram que Etanol apresentava especificação abaixo do permitido para a venda do produto.

O coordenador do escritório regional da ANP, Luciano Fernandes, disse que o teor do etanol da gasolina, pela amostra, tinha 60% de água. O problema foi constatado na gasolina comum e no etanol.

“A gasolina estava bifásico, ou seja, o produto não se mistura com a água. A gasolina precisa ter em sua composição etanol, anido e gasolina. Este problema danifica o sistema do motor do veículo. O posto cometeu um erro grosseiro”, explicou Fernandes.

Após as amostras, posto foi autuado e interditado até a regularização.

“O proprietário será notificado para que os combustíveis sejam retirados dos tanques por meio de um processo administrativo”, disse o coordenador.

Posto de combustível

O gerente do posto de combustível, Armstrong Araújo, declarou que não sabe o motivo que tenha causado.

“Assim como os clientes, nós estamos também surpresos, não sabemos o que aconteceu. A hipótese é de que a chuva tenha alagado o posto, e por conta disso, a água passou para o tanque devido algum furo”, explicou.

Armstrong afirmou que após receber as reclamações, o posto parou os atendimentos e imediatamente prestou manutenção aos veículos que foram guinchados até o posto para as devidas providências.

Os funcionários do posto estavam retirando o combustível que havia sido colocado mais cedo e trocando pela gasolina aditivada. Até as 11h, sete clientes haviam dado queixa.

Clientes

A agente administrativa Meire Alcântara, de 48 anos, disse ter abastecido R$ 30, por volta das 7h. Ao seguir para buscar o filho de cinco anos, o carro modelo Renault/Clio, cor cinza, placa JWU-3978, parou de funcionar.

“O meu carro começou a falhar e achei estranho, pois, o meu carro dificilmente apresenta problema. Eu chamei um mecânico que constatou água no tanque de combustível”, reclamou.

O comerciante Reinaldo Marinho, 50, informou que abasteceu o veículo modelo Prisma, cor vermelha, placa OAH-2320, no início da manhã como sempre faz no trajeto para deixa os filhos na escola.

“O meu carro é novo! Depois que abasteci R$ 40 de gasolina, o veículo começou a falhar até parar. Quando o mecânico veio, ele constatou água em vez de gasolina”, declarou.

Posto de combustível da Avenida Castelo Branco/ Foto: Correio da Amazônia
Posto de combustível da Avenida Castelo Branco/ Foto: Correio da Amazônia

Fotos: Correio da Amazônia

Artigo anteriorCinco pessoas foram presas por crimes contra crianças e adolescentes
Próximo artigoSusam inicia campanha pelo Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui