Destituição de Santana pode ter sido por interesses empresariais

Entrada da junta no Sindicato (foto copiada de vídeo)

As portas do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), amanheceram fechadas para o trabalhador sindicalizado, nessa manhã de 27 de setembro. Os membros da Junta que ganharam uma liminar de destituição da diretoria eleita, ontem (26), mandaram recado de que estavam em reunião e, que não podiam atender os trabalhadores. O fato causou um princípio de tumulto, contido por funcionários antigos do Sindicato.


Do lado de fora, trabalhadores e diretores destituídos, disseram que a junta governativa presidida por Adriano Simões Mendes, pela tesoureira Márcia Cavalcante Nápoles e pela secretária-geral, Danielly Moreira de Souza, não tem legitimidade e que eles entraram no sindicato por interesses pessoais e empresariais.

Entrada da junta no Sindicato (foto copiada de vídeo)
Entrada da junta no Sindicato (foto copiada de vídeo)

O próprio presidente, Adriano Mendes é um empresário do ramo da Alimentação Industrial, sócio da Manahh Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios Ltda, sem vínculo empregatício em fábricas do Distrito Industrial. O restante da junta governativa, também não são trabalhadores do segmento metalúrgico.

Os interesses empresariais na tomada do Sindicato por meio de mandado de segurança expedido pelo desembargador plantonista Adilson Maciel Dantas causou estranheza aos membros da diretoria e advogados do Sindicato. A liminar foi expedida no Plantão de Justiça de um sábado para domingo, justo quando já havia audiência marcada para o próximo dia 05 de outubro, que julgaria o mérito da ação. A mesma que acusa a diretoria de ter fraudado as eleições, ocorrida no primeiro trimestre do ano.

O presidente da Junta Governativa, o empresário Adriano Simões Mendes.
O presidente da Junta Governativa, o empresário Adriano Simões Mendes.

Diretores sindicais falam que todo o processo de destituição da diretoria do Sindicato tem sido “promovido” por empresários de planos de saúde, que não conseguiram entrar nas indústrias, por praticarem preços extorsivos. Está em jogo, portanto, interesses pessoais e empresariais. “Nenhum da junta governativa é trabalhador do Distrito Industrial. Não tem vínculo empregatício com nenhuma empresa. O próprio presidente da junta é um empresário e os outros dois são laranjas”, destacou o sindicalista Sidney Silva.

O pedido de mandado de segurança já havia sido negado há dois meses pela juíza Elaine Pereira da Silva, da 12ª Vara do Trabalho. O resultado, é que eles entraram com mandado de segurança contra a decisão da Juíza, que negou o primeiro pedido de liminar e, ganharam através do plantão judicial, a atual ação de destituição da diretoria”, frisou o advogado do Sindicato Thiago Medeiros.

Por telefone, o presidente destituído, Valdemir Santana disse que vai recorrer da decisão. Santana informou que não existiram irregularidades nas eleições e nem em todo o mandato. Ele garantiu que vai falar com a imprensa no momento oportuno.

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