

A queda de toda a diretoria executiva do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Carga do Amazonas (Sindicargas), está prevista para acontecer no próximo dia 29 de janeiro. O processo de afastamento tramita na Justiça do Trabalho, sob o número 0000307-29.2014.5.11.0002, e deve ter um desfecho final já nesse primeiro mês do ano de 2015. Os principais implicados no processo são o presidente Carlos Gonzaga Nunes Ribeiro, o vice-presidente Armindo da Silva Gomes Filho, o tesoureiro Lúcio Francisco de Souza, o segundo tesoureiro Cleverton Pantoja, Antônio Hudson Pereira Rodrigues, Zacarias Filho Silva do Nascimento e a comissão eleitoral do sindicargas, todos considerados réus dentro do processo e propensos a devolução de recursos e ficar inelegíveis para as próximas eleições.

O primeiro secretário Ronaldo de Souza Bonta, também foi citado, mas conseguiu se defender á tempo e, com isso, fica numa posição privilegiada, podendo assumir a direção do Sindicato após a queda do ainda presidente processado Carlos Gonzaga. Ele alega que não tem interesse e, que o seu trabalho é voltado para o crescimento da sua empreiteira, a Bonta Serviços, onde vem tendo um excelente rendimento.
Complicado está o segundo tesoureiro, Cleverton Pantoja. Existe uma sentença dizendo que ele não é da categoria. Já o presidente Carlos Gonzaga, sequer se defendeu e está com o nome sujo na Justiça. O tesoureiro Lúcio Francisco de Souza, fez uma defesa fraca, que não o isenta da culpa e deve pagar por isso. Analistas do setor jurídico de dois sindicatos, que viram o processo, concluíram que o Secretário Geral Ronaldo Bonta (o Pará), será o próximo presidente do Cargas, uma vez que a única defesa aceita é a dele. Os outros serão afastados indubitavelmente.
O erro da diretoria executiva
Dentro do processo, pesa contra a diretoria executiva a manipulação das eleições e posteriormente a improbidade administrativa, mal uso do dinheiro e do patrimônio da entidade, falha proposital na prestação de contas do período de 2010 a 2014. Entretanto, o que mais tem contribuído para o desgaste e a sua queda, é a decisão de um grupo de associados, que resolveu procurar os setores jurídicos de dois sindicatos, o dos Rodoviários e o do Sindicato dos Transportes Especial.
Esse grupo se disse interessado em mover uma ação por perdas e danos contra o presidente do Sindicargas, Carlos Gonzaga Nunes Ribeiro e o tesoureiro do Armindo da Silva Gomes Filho. O grupo foi bem acolhido pelo jurídico dos dois sindicatos.
Consultados sobre a possibilidade real de queda do presidente Carlos Gonzaga e sua diretoria, alguns membros da categoria disseram que, finalmente, vai ser feito a justiça na entidade. Apesar do alto faturamento com a mensalidade e a contribuição Sindical feita por 999 empresas, o Sindicargas não tem, sequer, uma sede. Vive de aluguel e a grande maioria dos carros está em nome dos diretores.
Também está no processo, que “as irregularidades do atual presidente Carlos Gonzaga, não param por aí, ele também praticou o crime de apropriação indevida dos valores pertencentes aos trabalhadores da empresa SERVI-SAN, que pagou a quantia de R$ 103.467,50, a favor da entidade sindical, por acordo judicial, no processo no. 00370-2011-001-11-0004, que tramita na 1ª Vara do Trabalho. Mais o rombo de R$ 150 Mil no dinheiro dos trabalhadores da Tomiasi Transportes Ltda e outros não contabilizados, o Carlos deve ter embolsado mais de meio milhão de reais nesse período. Outros desvios de dinheiro serão publicados posteriormente.
Por isso, conclui-se que o caminho natural para que seja reestabelecida a ordem democrática no âmbito do SINDICARGAS, é a anulação da eleição dos atuais dirigentes, e a nomeação de junta governativa para administrar a entidade e realizar novas eleições de forma democrática e imparcial.