

Toda a expectativa em torno da reportagem de compra de votos nas eleições de 2014, que a Rede Globo transmitiu hoje (08) no seu programa dominical, O Fantástico, não passou de uma repetição das mesmas denúncias feita pela coligação do candidato Eduardo Braga, durante o período eleitoral.
A Globo “requentou o assunto”, tentou dar certa dramaticidade aos fatos, mas só conseguiu mostrar o que já era de conhecimento de todos os amazonenses. Ou seja, o investimento feito para uma grande reportagem, que segundo anunciado pela emissora ao longo da semana, iria mudar o resultado das eleições no Estado, foi como um tiro dado a esmo e, que não deve ter surtido o efeito desejado, que era fazer com que a opinião pública se voltasse contra os resultados do pleito de 2014.
Para alguns internautas amazonenses, a Globo tentou subestimar a inteligência da população do Amazonas, ao apresentar “recibos de compra de votos” de festa de aniversário, compra de túmulos e passagens de barcos, revelados em tom de esquema que pode ter ajudado a reeleger um governador José Melo, no ano passado. Por mais ingênuo que um marqueteiro ou cabo eleitoral possa ser jamais ele daria um recibo, assinado, com data, valor e o produto oferecido. As supostas provas apresentadas, são recibos iguais aos comprados em qualquer papelaria da cidade.
Será que a Globo está tentando nos imputar o título de cidadãos de fundo de quintal do Brasil? “A população esperava algo novo. Algo que realmente justificasse o investimento feito para que a equipe de profissionais viesse ao Estado trabalhar a notícia “bombástica”, mas não foi o que aconteceu”, acentuou o internauta Robson Franco.
Continuando, ele disse que a Globo mostrou as mesmas denúncias feitas pela coligação do candidato Eduardo Braga na campanha eleitoral. As pessoas que aparecem, o candidato a prefeito do município de São Sebastião do Uatumã, Augusto Terço (PR), a promotora do Ministério Público, a estudante Alana Fogaça, que teria assinado um recibo de R$ 5,3 mil para a comissão de formatura da faculdade de Odontologia, pareciam todos inseguros nas suas falas, à reportagem. Como se estivessem com o texto pronto. Inclusive na réplica, quando negaram tudo o que tinham dito antes.
Os valores apresentados, cheques de R$ 1 milhão para uma ONG (Organização Não Governamental), R$ 5 mil para uma formatura, R$ 50 reais para compra de óculos e outros valores, o estádio da Arena, a Copa do Mundo, viagem de barco mais pareceram enredo de uma história que começou na queda dos índices de intenção de votos nas eleições de 2014.
Se a Globo estava tentando induzir a Justiça ao erro, e forçar um impedimento ao governador José Melo, só conseguiu o que as redes sociais, blogs e portais vinham falando, também, ao longo da semana. “Que a tentativa de forçar um terceiro turno no Amazonas, iria dar com os burros n’água” e, parece que vai dar.