A ‘janela partidária’ se fecha antes do dia para vereadores com mandato

Lideranças e liderados - foto: montagem

Faltando uma semana para o fechamento da ‘janela partidária’, no dia 03 de abril, que dá direito a parlamentares mudarem de partido sem prejuízo do mandato, alguns partidos evitam aceitar filiação de vereadores com mandato em curso, por imposição da militância e lideranças comunitárias.


O motivo é simples, a maioria das lideranças comunitárias, com possibilidade de ganharem eleição no próximo pleito, tem em média entre 2.000 a 3.500 votos, já conquistados em outros pleitos.

Como sabem que esses votos entram para a conta do coeficiente – soma de todos os votos do partido -, eles, dificilmente terão condições de ganhar, tendo vereadores com média de 5.000 a 10.000 votos.

Mãos amarradas

Nesta corrida pré-eleitoral, quem fechou o partido e vem perdendo espaço é o pré-candidato David Almeida (Avante), que se deixou convencer a não aceitar mais nenhum candidato que esteja com mandato em curso.

Nos bastidores, David Almeida (Avante-70), diz que ficou de mãos amarradas, porque se comprometeu antecipadamente, com os pré-candidatos dos partidos aliados, que não iria aceitar candidatos com mandato, mas parece que abriu duas exceções, propiciando em descontentamento generalizado.

No fio na navalha, Almeida optou por deixar de fora candidatos que somariam muito na caminhada rumo à Prefeitura, inclusive, pessoas da própria Igreja Adventista, propiciando um racha na base religiosa eleitoral.

PDT

Da mesma forma, está o presidente estadual do PDT, Hissa Abraão, que confirmou a disposição do partido em não aceitar vereadores com mandato, na instalação da chapa para as eleições municipais desse ano, em Manaus.

Hissa disse ao portal que essa é uma exigência das lideranças comunitárias filiadas ao partido e, que vai seguir a vontade das bases. O partido, inclusive, dispensou dois vereadores recentemente, Diego Afonso e Glória Carratte, que foram para degola por imposição dessa mesma base citada por Hissa.

Democracia Cristã – DC

Apostando nessa teoria, está o presidente municipal-Manaus, do Democracia Cristã, Shirlan Cohen, que só aceitou o vereador Chico Preto, porque ele garantiu que se candidataria à prefeitura de Manaus e não a vereador. Outros vereadores sondaram a presidência do partido, receberam um sonoro não.

A história é a mesma, não aceitam vereadores com mandato em curso e ponto final. O único que mantem a porteira aberta é o Podemos, do ex-governador Amazonino Mendes e, o barco já está lotado, mesmo em tempos de coronavírus.

Amazonino vem alargando seu apoio e atraindo vários candidatos com mandato eletivo, podendo ganhar até mesmo no primeiro turno com essa estratégia.

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