
A afirmação máxima de que “bandido bom é bandido morto” parece “ter caído por terra”, isso para os adoradores do bolsonarismo em todo Brasil. Prova disso é que os deputados do PL – partido de Jair Bolsonaro -, Capitão Alberto Neto e Saullo Vianna votaram para tirar da prisão o deputado federal Chiquinho Brazão, do Rio de Janeiro.
Chiquinho Brazão é acusado de ser o mandante dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, o parlamentar foi preso no último dia 24, por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Os crimes aconteceram em 2018.
Bolsonaristas do Amazonas
“Uma das máscaras do bolsonarismo caiu. O deputado Alberto Neto é pré-candidato a prefeito de Manaus e votou para soltar um assassino, votou para tirar da cadeia o deputado Chiquinho Brazão, acusado de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco e acusado de agir para obstruir a justiça”, disse Marcelo Ramos (PT).
Ainda de acordo com o petista, a verdadeira face do bolsonarismo está começando a aparecer. Aliados de Bolsonaro são, na verdade, protetores de bandidos, segundo Ramos.
“Os deputados do PL votaram para que um acusado de assassinato volte para as ruas e possa continuar obstruindo a justiça, coisa que ele fez nos últimos seis anos. Essa é a verdadeira face do bolsonarismo. No discurso diz que é contra o crime, mas protege um criminoso, um assassino”, enfatizou Marcelo Ramos.
Deputado continua preso
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10) o parecer que recomenda a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). O parecer foi aprovado por 277 votos a 129.
Eram necessários 257 para manter a prisão, o que representaria a maioria absoluta da Câmara. Outros 28 se abstiveram (foram à Câmara, mas não votaram) e 78 estavam ausentes.
Segundo a Constituição, prisões de parlamentares no exercício do mandato têm de ser submetidas aos plenários da Câmara (em casos que envolvem deputados) ou do Senado (em casos que envolvem senadores).