A Selva na Alma, NPOR… Seeeeeeeeelva! – por Dudu Monteiro de Paula

NPOR - primeiro BIS - 1970

Atleta desde os primeiros momentos da minha vida, atendi a lei 4.375 de 1964, que determina: todo brasileiro do sexo masculino, ao completar 18 anos, deve se apresentar ao Serviço Militar.


Na verdade, tinha vinte anos quando cheguei ao Primeiro BIS, no Núcleo de Preparação de Oficias da Reserva (NPOR), para servir ao Brasil.

Em deslocamento de barco para as manobras do CMA destino a RONDNIA

Um histórico antecedia minha apresentação: Acadêmico do terceiro período da Faculdade de Engenharia da Universidade do Amazonas; Atleta de voleibol e handebol; Faixa preta de karatê; Escoteiro e outras coisinhas mais.

Provavelmente, pronto para conhecer um pouco mais a natureza.

Éramos quase trinta jovens, com variadas formações. Sendo que, o primeiro passo da formação é chamado “unidade”, ou seja, precisávamos ser, hipoteticamente, um corpo só.

O treinamento era primordial! E, algumas situações não eram novidade para mim!
Como escoteiro, conhecia um pouco da natureza, pois acampava na selva, montava barracas, conhecia e sabia fazer todos os tipos de nó de corda.

Atleta de vários esportes, minha condição física era boa. Como aluno de engenharia, tinha uma boa base de logística.

Certamente, tais características ajudaram no decorrer da preparação. Porém, estar em uma corporação militar, não é um passatempo!

Quando os trabalhos iniciam no Pelotão, tomamos noção da força que adquirimos.

Nosso espírito é transportado para uma História escrita com: GARRA, SANGUE e muito PATRIOTISMO. Viver dentro de uma Instituição que é a base solida do solo pátrio é uma modificação interna extraordinária.

Conhecer a Amazônia; Viver na Amazônia; Alimentar-se da Amazônia é encontrar a parceira ideal, que neste caso é a Natureza.

Ao conhece-la, somos impulsionados a protegê-la e defendê-la, mesmo que sejam necessários sacrifícios, através do verdadeiro espirito do Guerreiro de Selva.

O NPOR forma líderes! Com o dever de ser exemplo, não apenas com palavras, mas também com atitudes!

São ensinamentos que conduzimos por toda a vida. Aprendemos, que todos são importantes na formação da sociedade, não importa o posto ocupado.

Há um princípio secular. Um organograma que atende as necessidades do desenvolvimento humano.

A maioria cumpre o dever cívico e leva para a vida civil, o aprendizado do tempo militar. Seguramente, isto não nos faz melhor que ninguém. Porém, nos qualifica a ocupar quaisquer funções na sociedade!

Além do orgulho de fazer parte deste magnífico solo brasileiro chamado Amazonas, sei agora, que sou composto do barro Amazônico e, corre em minhas veias, as poderosas águas da Amazônia.

Não escrevo o nome dos companheiros do NPOR, para não cometer injustiças ou esquecer algum!

Em virtude da grande quantidade e do papel preponderante na sociedade, resolvi, homenagear todos os GUERREIROS DE SELVA, descrevendo parte do que sentimos durante nossa permanência no PRIMEIRO BIS.

SEEEEEEEEELVA!

Por hoje é só! Semana que vem tem mais! Fuuuiiiiii!

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