Acabou a copa de futebol e começa a copa das eleições – Por George Dantas

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George Dantas
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Acabou a copa do mundo de futebol no Brasil, embora a participação da seleção brasileira só termine no próximo sábado (12), os 7×1 aplicados pela Alemanha no Mineirão encerrou qualquer possibilidade de manter os brasileiros motivados com a seleção brasileira de futebol e, também, acabou com a politização dos resultados do campo se transferir para os governos.

Porém, nem tudo foi assim tão ruim, os brasileiros mostraram que sabem organizar uma competição de alto nível e com tanta tecnologia envolvida.
É claro que o tal “legado” não sairá da cobrança da população, obras de acessibilidade cobrada pelo caderno de encargos da FIFA, ficou só no papel, nem trem-bala, nem BRT, nem VLT etc., destarte o grande desperdício de dinheiro público com estádios que certamente não trarão retorno algum nos próximos anos e caberá ao Poder Público arcar com o mico da administração dessas arenas.


O fluxo de turistas foi uma grande oportunidade de vendermos turisticamente nosso País e seus biomas, especialmente a Floresta Amazônica e Manaus, que teve visitas de Ingleses e Americanos em maior número, além de Camaroneses, Hondurenhos, Portugueses e também devemos mencionar a chegada de nossos irmãos do continente sul-americano como Venezuelanos, Peruanos, Bolivianos e outros.

Ficou patente, mais uma vez, o orgulho e o fanatismo brasileiro por futebol, o que faz com certa miopia em não enxergar as deficiência do time brasileiro e apostar todas as fichas em um único craque, o garoto Neymar, que com a sua saída, desmantelou por completo qualquer resquício de equipe que ainda existia. Os brasileiros estavam anestesiados por futebol e todo o resto não fazia muito sentido à discussão de temas polêmicos, especialmente as eleições desse ano.

Dito isso, vamos agora a nossa realidade, em pouco mais de dois meses teremos a mais importante de todas as copas, a “copa das eleições”, onde iremos decidir nosso futuro na esperança que tenhamos quatro anos de evolução no quadro social, na educação, na saúde etc.

Essa mesma sociedade que apoiou nossa seleção, e a mesma que deve cobrar políticos mais éticos, exigir a extinção total da corrupção dos poderes constituídos, acabar com a praga do enriquecimento ilícito e a troca de favores entre os apoiadores de campanhas e eleitos. A conta das despesas para uma eleição com os salários dos parlamentares nunca fecha, eles gastam mais do que vão ganhar nos próximos quatro anos e mesmo assim, vimos que o patrimônio pessoal desses políticos aumenta a cada eleição.

Essa nova copa nos dá a chance de escolher melhor nossos representantes, deixando para trás, de vez, esses políticos que já tiveram seu tempo de governar, de nos representar e não cumpriram tudo o que prometeram, endividaram o estado com obras faraônicas e ainda querem se apresentar como políticos que sabem como conduzir nosso Estado.

O briga do poder do poder, revela o lado mais espúrio da politica suja, da politica do conchavo, do favorecimento e da troca futura de favores. Como explicar adversários históricos, que se acusavam mutuamente de corrupção, de práticas não republicanas de gerenciar o Estado, e agora se apresentam a população como parceiros de mais uma empreitada política, grávidos que estão numa letargia fatal, onde esperam tomar de assalto novamente o Estado. Da mesma forma, reputações e ideais de jovens foram jogados no ralo da politica suja, onde o recado dado é o seguinte: “esqueçam tudo que falei”, e assim, justificar a mistura improvável do azeite com água.

Enquanto na copa do futebol, você tem apenas a chance torcer por um resultado que outros produzem, na copa das eleições, você é quem irá produzir o resultado, você é o responsável pela vitória esperada, assim, você é o sujeito politico mais importante numa copa da eleição, aonde o eleito irá te representar por quatro longos anos, para o bem ou para o mal, e isso, dependerá apenas do seu voto, essa ferramenta mais decisiva da democracia.

Agora, chegou a vez de você torcer por você mesmo, você é o novo sujeito político, o seu ativismo autoral deve nortear suas escolhas, comparar o prometido e o realizado pelos antigos e neo-coronéis políticos vestidos de amarelo, que barram o surgimento de novas lideranças ao cooptar os fracos com o canto da sereia dos favores futuros do Estado, destruindo oportunidades de avanços políticos e assim, perpetuar a alternativas de oferecer candidatos separados, mas participes que são do mesmo grupo, tão bem definidos como “faces da mesma moeda”.

Só existe o que se faz!(George Dantas)

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