Ação (Por Max Diniz Cruzeiro)

Entenda por ação uma transformação de um contexto-cenário em que há o deslocamento e/ou rotação de pelo menos uma variável. A vantagem do estudo diretivo de uma ação é que o conhecimento das leis que afetam os corpos permite antever fenômenos como também resgatar-lhes sua memória.
Nossa civilização atual, 2016, sintetiza o aprendizado de uma ação através do desdobramento sucessivo de reatividade na forma de causas, efeitos e consequências que são reproduzidas uma seguida da outra até que um efeito esperado é constatado.


No campo meta cognitivo pode existir ação quando se capitula pensamentos? A resposta para esta pergunta é outra pergunta, a saber: Qual nível de trabalho pretende um observador catalogar o fenômeno? Se o pensamento for observado do ponto de vista de consecutivos desdobramentos que auxiliam e se incorporam a um saber do indivíduo a reposta para este impasse seria dizer que a dinâmica do pensamento o torna um ente em constante ação, por outro lado se, se espera no nível motor uma saída corporal a ser desencadeada pelo pensamento, se esta saída não ocorre, é o pensamento uma estrutura que não promove uma ação em um dado momento porque não é visível um deslocamento e/ou rotação que seja desencadeada pelo espaço tridimensional.

Então como seres complexos não há como se pensar uma “ação” restrita a apenas uma linha de raciocínio. Há que se compreender que a mínima variação que seja dentro de uma dimensão está promovendo uma ação.

Mas quando necessitamos tomar uma decisão, temos que ter em mente, que tipo de visualização dinâmica precisamos coletar como informação para que a conclusão nos chegue, a nos guiar pelo melhor caminho para a construção de nossa existência.

A análise do pensar humano requer um pouco de criticidade. E esta capacidade de raciocinar não deve estar viciada sobre a utilização de uma lógica de pensamento que dá voltas em torno de si mesmo.

Quando isto ocorre, é a ação encarcerada dentro de uma forma ao qual o limite da massa são as paredes de vizinhança que encapsula o objeto.

Consequentemente o indivíduo monta um padrão a perseguir um caminho de causas, efeitos e consequências que dão volta sobre si mesmo e o aprisionamento de si mesmo não corrobora para um conhecimento mais amplo e infinito condicionado a percepção integrada do universo.

As leis físicas muito podem contribuir para aproximar os indivíduos de conhecimentos que lhes permitam dar ordenamento em suas vidas, na diminuição das incertezas, do risco e da diminuição das probabilidades de incerteza quanto aos fenômenos interativos ambientais.

Uma das bases da vida é a ação, se um universo fosse uma estrutura estática, em que não fosse observado desdobramentos, seria inútil raciocinar em uma civilização que resultasse em existencialismo.

O mecanismo que faz todos os seres e coisas se deslocarem e/ou rotacionarem tem uma lógica inteligente muito bem dimensionada e definida. Pode-se dizer que sua capacidade de distribuição de grandezas faz da pluralidade de massas um intercâmbio de valores que se intercruzam para criar uma dinâmica em que os agrupamentos de coisas e seres possam vivenciar cada qual dentro de sua restrição física de vida, das sensações que podem ser observadas a partir destes vórtices de interação ambiental.

Pode-se pensar que o micro e o macro são extensões circulares que sintetizam os mesmos princípios dentro de sua dimensionalidade. A ação do macro é projetada sobre a unidade-indivíduo que por sua vez a somatização das unidades-indivíduos, em sua escala, projeta também sobre o macro.

Em outras palavras o que é vivido no microcosmo também é vivido no macrocosmo na devida proporção que as atitudes somam uma rotação e/ou deslocamento de pelo menos uma variável presente dentro de um modelo de um universo.

O olhar científico permite verificar nosso fascínio pela mutação e transformação das coisas, porque é sabido que a dominação psíquica de tais princípios pode reduzir as incertezas do homem quando a sua própria continuidade. Frações de olhares condensados absorvem há todo momento contínuos lapsos de ação que são catalogados como abstrações, coisas inanimadas e no momento oportuno passa a incorporar a matéria em transformação que o homem aplica seu conhecimento para ajustar o seu aprendizado.

Então sobre a manipulação da forma, do conteúdo, da constância, das derivações, das mutações, dos desníveis, da síntese das coisas, é possível gerencial a espacialidade de forma que o homem possa a seu favor trabalhar com o que é apreendido como conceito para melhor desempenhar o seu papel de como perpetuar sua espécie, em que se objetiva chegar a um princípio de eternização que torne a unidade-massa perene dentro dos fluxos necessários para tornar o universo ao qual o Ente pertence um habitat seguro e cujas interferências não são capazes de limitar sua criatividade e sua existencialidade.

Toda civilização sabe que seu sucesso depende de um ajuizamento, ou seja, de uma conduta que permita dentro de seu tempo constituir todo o aprendizado de que necessita para chegar a esta escala de dominação dos conteúdos existentes neste universo. Quando este TIME passe de sua hora, então todo o esforço desta civilização é perdido e em seu lugar emerge outra estrutura de vida ao qual dará prosseguimento a tentativa de dominação do universo para ser perene dentro dele. Então é possível visualizar ações dentro de ações, na forma de um fluxo que permite o conhecimento prévio ser aplicado para reduzir o risco de extermínio da espécie.(Max Diniz Cruzeiro – Neurocientista clínico)

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