Acre passa a ser rota para haitianos deixarem o Brasil

Devido à crise, imigrantes deixam o Brasil em busca de novas oportunidades/Foto: Divulgação

Muitos haitianos que vieram para o Brasil usando o Acre como rota de entrada no país estão fazendo o caminho inverso. O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, afirma que ao menos 20 imigrantes desembarcam no aeroporto de Rio Branco diariamente e seguem para Assis Brasil,no interior do estado, e de lá para outros países.


Entre os anos de 2010 até maio de 2015, mais de 38,5 mil imigrantes entraram no Brasil pelo Acre. Segundo os dados do governo do estado, a maioria dos que faziam essa rota eram imigrantes haitianos que, desde 2010, passaram a deixar a terra natal após um forte terremoto devastar o país e deixar mais de 300 mil mortos.

Os imigrantes chegavam ao Acre através da fronteira do Peru com a cidade de Assis Brasil, distante 342 km da capital. O secretário Mourão afirma que, desde junho deste ano, os imigrantes começaram a fazer o caminho inverso e têm como destino o Haiti, com o objetivo de visitar os parentes e seguir para os países do México, Estados Unidos e Canadá.

Devido à crise, imigrantes deixam o Brasil em busca de novas oportunidades/Foto: Divulgação
Devido à crise, imigrantes deixam o Brasil em busca de novas oportunidades/Foto: Divulgação

“O roteiro deles é esse, desembarcam no aeroporto de Rio Branco, vão direto para a rodoviária ou fretam táxis e seguem para a cidade de Assis Brasil, no interior do estado. Antes mesmo da Polícia Federal se instalar no guichê no município do interior, eles atravessam a ponte e já estão no Peru, de lá, seguem para vários destinos”, afirma o secretário.

A crise que o Brasil vive é o principal motivo para os haitianos deixarem o país. O taxista Josué Lima diz que muitos dos imigrantes que transporta diariamente, que desembarcaram no aeroporto de Rio Branco, contam que vão para casa ou vão tentar a sorte em outros países.

“Eles vão todos os dias e a conversa é sempre a mesma: que o Brasil está ruim, que precisam mandar dólar para a família e o câmbio do real é muito fraco. Então, eles procuram países que paguem melhor e principalmente em dólar”, afirma Mourão.

No aeroporto de Rio Branco os haitianos evitam falar muito. Ao G1, a imigrante haitiana Fila Zan afirma que saiu de Florianópolis e que vai tentar recomeçar em outro país. “Eu vou visitar o Equador”, diz. Outros imigrantes contam que estão em buscas de oportunidades melhores em outros países, já que a vida no Brasil não anda fácil.

Fonte: Enfoco Notícias

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