
A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) intensificou as ações de educação sanitária no município de Urucurituba, a 208 quilômetros de Manaus, após a detecção de um foco da praga quarentenária monilíase.
Nas últimas semanas, servidores da Adaf e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) visitaram quatro comunidades ribeirinhas produtoras de cacau para orientar os moradores sobre a praga, seus impactos e medidas de prevenção. Segundo Acássio Eugênio, engenheiro agrônomo fiscal agropecuário da Adaf, essas ações são essenciais para informar e conscientizar as comunidades produtoras de cacau sobre a monilíase.
“Reiteramos que a Adaf tem como missão preservar e proteger o patrimônio vegetal do Estado do Amazonas. As ações de educação sanitária possibilitam o repasse de informações e a conscientização da população e dos produtores rurais sobre a monilíase”, destacou Eugênio.
A suspeita de um novo foco da praga em Urucurituba foi detectada durante um levantamento fitossanitário realizado no início de junho. Após a notificação, uma ação conjunta entre a Adaf e a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (SFA/AM) confirmou o novo foco, com a análise laboratorial realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA/GO). O foco foi confirmado pelo Mapa no dia 2 de julho.
Durante a 19ª Festa do Cacau, realizada de 10 a 13 de julho em Urucurituba, a Adaf promoveu ações de conscientização distribuindo panfletos e folders informativos sobre a praga. Os servidores também orientaram os expositores sobre a importância de não transportar frutos hospedeiros e amêndoas de cacau para fora do município.
Além de Urucurituba, os municípios vizinhos de Urucará, São Sebastião do Uatumã, Itapiranga e Silves receberam palestras sobre monilíase, com o objetivo de capacitar multiplicadores e evitar a disseminação da praga.
A monilíase é uma doença devastadora que afeta plantas dos gêneros Theobroma e Herrania, como cacau e cupuaçu, podendo causar perdas de até 100% da produção de frutos e redução significativa da renda dos agricultores.
No dia 12 de julho, a Adaf ampliou as restrições de trânsito de vegetais e suas partes hospedeiras da monilíase para São Paulo de Olivença e Urucurituba. A Portaria Nº 263/2024, publicada no Diário Oficial do Estado, proíbe o trânsito de vegetais e partes de espécies dos gêneros Theobroma e Herrania de Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença e Urucurituba para outras regiões do estado e unidades da federação, até que a praga seja contida e erradicada nas áreas de foco.