Aécio defende no Rio de Janeiro a implantação de UPPs, em todo o País

Senador Aécio Neves defende UPPs, em todas as capitais brasileiras/Foto: Mauro Pimentel
Senador Aécio Neves defende UPPs, em todas as capitais brasileiras/Foto: Mauro Pimentel
Senador Aécio Neves defende UPPs, em todas as capitais brasileiras/Foto: Mauro Pimentel

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (PSDB-MG), defendeu ontem, quinta-feira (05), no Rio de Janeiro a implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), em todas as regiões metropolitanas do Brasil.


O senador participou de um almoço em que foi lançado oficialmente o movimento “Aezão”, que defende o apoio do PMDB do Rio à candidatura do tucano à Presidência em troca de Aécio subir em palanques com o governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, que quer se manter no cargo.

No Rio, o PMDB está rachado: parte apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff e parte quer Aécio presidente, rompendo com a aliança com o PT, o que complica o cenário nacional, em que PT e PMDB são aliados. O nome “Aezão” representa a junção das palavras Aécio e Pezão. Pezão não compareceu ao evento.

“Vamos aprimorar as UPPs. Vamos levar também o desenvolvimento econômico e social, pois só assim teremos a paz definitiva”, disse Aécio, elogiando a política de segurança do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

Segundo ele, o governo federal pode participar da política nacional de segurança. “O que falta ao Brasil hoje é uma política nacional de segurança. O governo federal gasta apenas 13% de tudo que se investe em segurança pública no País. Queremos que o Fundo Nacional de Segurança seja impedido de ser contingenciado, para que possamos fazer um planejamento com estados e municípios”, afirmou o senador.
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Ele reclamou do grande contingenciamento de verbas para segurança nos últimos anos. “Do que foi aprovado ao longo dos últimos três anos do Fundo Penitenciário, apenas 10,5% foram executados. Do Fundo Nacional de Segurança, foram apenas 35%”, criticou Aécio, prometendo parcerias com estados e municípios na área.

Em seu discurso no almoço, Aécio não mencionou o nome de Pezão, mas depois, em coletiva de imprensa, disse que o governador é seu “amigo de muitos anos”. “Pezão é um governador honrado que tem todas as condições de vencer as eleições. Portanto, estar ao seu lado, receber o apoio de forças políticas que o apoiam, para mim é uma honra”, disse Aécio.

O tucano afirmou que esse foi o maior evento de sua pré-campanha. Ele negou que vá enviar uma carta a empresários propondo um choque de mudança na economia do País e se comprometendo a cumprir metas de crescimento. “Não tem nenhuma necessidade disso. O que existe é a minha palavra. Eu não preciso de documento nenhum. Eu não tenho conhecimento disso. Se alguém está fazendo, não sou eu”, disse.

Segundo Aécio, várias forças políticas do Rio compreenderam que é possível acabar o ciclo de governo que coloca em risco as principais conquistas dos últimos anos, como estabilidade de moeda, credibilidade internacional do país e avanços sociais. “Tudo isso está sendo colocado em risco por um governo que, para se manter no poder, abandonou um projeto de País”, disse. Para ele, é preciso que ética e eficiência caminhem juntas. “Me deem a vitória no Rio de Janeiro que eu dou a vocês a Presidência da República”, pediu Aécio aos presentes.

Aécio disse que o Brasil tem tido um crescimento pífio, perdeu sua credibilidade e se tornou “um cemitério de obras abandonadas”. De acordo com o pré-candidato, o PSDB está discutindo possíveis alianças com o DEM do ex-prefeito Cesar Maia e com o PPS. “Meu partido vai discutir nos próximos dias com o Democratas e com o PPS, com o qual nós temos uma aliança proporcional já fixada. Vamos definir de que forma o PSDB formalmente participará da campanha. Eu pessoalmente estou extremamente honrado de ser o candidato dos melhores sentimentos dos fluminenses. Vencendo no Rio, vamos vencer no Brasil”, afirmou Aécio.

No almoço, o presidente do PMDB no Rio, Jorge Picciani, defendeu a “alternância de poder”, apesar de fazer campanha para Pezão, que busca permanecer no cargo. “A democracia se consolida com a alternância de poder, com a estabilidade da moeda, com crianças e adultos alfabetizados”, disse. O presidente do PMDB-RJ elogiou Aécio, mas evitou fazer críticas à gestão de Dilma. Coube ao filho de Picciani, o deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ), atacar a gestão de Dilma, afirmando que a Petrobras quebrou e que a inflação voltou. Jorge Picciani afirmou que Cabral é o candidato do PMDB ao Senado e elogiou o ex-governador.

Picciani negou que o PMDB esteja rachado no Estado. “Tem um grupo que defende a Dilma, mas acho que há expressiva maioria que defende a candidatura de Aécio e Pezão. Está consagrada a chapa Aezão no Rio”, afirmou Picciani, dizendo que no PMDB não há bola dividida e sim respeito mútuo. Para ele, é natural que Aécio não tenha citado o nome de Pezão no discurso. “Em política tudo é uma grande conversa, as coisas avançam no dia a dia. É preciso que a aliança com seu partido seja formalizada. Ainda é cedo”, afirmou Picciani. (Terra)

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