A aeromoça – por Valdir Fachini

Articulista Valdir Fachini (SP)

Voar voar, subir subir ir por onde for descer até o céu cair ou mudar de cor…….sempre que um avião passa por sobre minha cabeça eu me lembro de Camila e quando me lembro de Camila, eu cantarolo essa canção (só sei esse pedaço).
E como eu moro em Campinas, bem próximo do aeroporto, a cada cinco minutos uma aeronave sobrevoa meu teto, a cada cinco minutos eu recordo Camila, então o dia inteiro eu me sinto Biafra.


Essa moça surgiu em minha vida assim de repente num estalar de dedos.

Ela me solicitou amizade pelo Facebook porque disse que se apaixonou pelos textos que eu escrevia e publicava e ainda faço.

Imediatamente eu aceitei, também pudera! Diante da foto de tão bela mulher, ainda por cima, querendo sua amizade, que homem não aceitaria? Ainda mais um velho babão, carente e sem compromisso igual a mim;

No início ela não escrevia nada, mas depois de um texto, não me lembro, se mais romântico ou porque falei de Deus, ela resolveu me escrever.

Articulista Valdir Fachini (SP)

Logo de cara perguntou se eu era casado ou se namorava, aí sim o coração do coroa quase explode de tão forte que bateu.

Depois disso passamos a conversar mais, eu falei da minha vida, das minhas aventuras, das cagadas que eu já tinha feito, meus amores e desamores, ela me disse que viajava muito porque é comissária de bordo e que também estava só.

Então o Zé Ruela aqui ficou todo empolgado, já pensou eu namorando uma mulher desse naipe?

Isso é privilégio para pouco mortal e eu quase morto, tendo esse privilégio, estava me sentindo o rei da cocada.

Marcamos de nos encontrar no final de semana, não deu, aconteceram alguns problemas na casa dela, outro final de semana também não deu, ela estava viajando, no outro estava em Floripa.

Os finais de semana iam chegando, outros passando, comecei a desconfiar que eu tinha ficado de Jão.

Então foram diminuindo as palavras cada vez mais, por fim elas se acabaram de vez, eu mandava vídeos, ela não respondia, mandava frases bonitas, ela me ignorava, acho até que me deletou.

Eu achava que um dia iria viajar ao lado de uma linda mulher, acabei foi viajando na maionese.

Eu até pensei em parar de sonhar, já que meus sonhos nunca tornam realidade, mas não vou parar não, sonhar é a única coisa que me resta e ainda é de graça.

Quem sabe outra Camila também pode gostar das minhas histórias, quem sabe eu não viaje mais nas asas da ilusão, quem sabe quando um aeroplano passar voando sobre mim, eu nem perceba, quem sabe eu aprenda cantar direito, Sonhos de Ícaro.

 

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