
Especialistas da França chegaram ao Brasil para auxiliar nas investigações do acidente com o avião da Voepass que causou a morte de 62 pessoas em Vinhedo, interior de São Paulo. A equipe é do Bureau de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil (BEA), a mesma agência que conduziu a investigação do desastre da Air France em 2009. A participação do BEA foi solicitada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), vinculado à Força Aérea Brasileira, para ajudar na apuração das causas da tragédia, especialmente porque o avião envolvido foi fabricado pela franco-italiana ATR.
A chegada dos representantes da ATR é aguardada em Vinhedo, onde eles acompanharão a retirada dos motores da aeronave. Um dos motores está parcialmente enterrado no solo, exigindo o uso de um guindaste para sua remoção. Segundo Eduardo Borges, representante do condomínio Recanto Florido, onde o avião caiu, a maior parte da fuselagem já foi retirada, mas os motores permanecem no local.
O acidente é o mais mortal em solo brasileiro desde 2007. O local do impacto, em um lote de 1.200 metros quadrados dentro do condomínio, segue interditado para a realização das perícias. A casa atingida pela aeronave foi parcialmente destruída, e seus moradores se mudaram para a casa de parentes.
O BEA, que desempenhou um papel crucial na investigação do voo Air France 447, que caiu no Oceano Atlântico em 2009, está agora colaborando com as autoridades brasileiras para determinar as causas do acidente em Vinhedo. Naquele incidente, o relatório final apontou vários fatores que contribuíram para a tragédia, tornando-se um marco na investigação de acidentes aéreos. A experiência e o conhecimento do BEA são vistos como essenciais para elucidar as circunstâncias do recente desastre no Brasil.
Fonte: R7