Agricultores do interior do AM participam de curso à distância sobre bananeira

Agricultores participam de cursos à distância/Foto: Arquivo

Tradicional e importante para a segurança alimentar, a banana está na mesa das casas amazonenses, em todo o Estado. Mas, para alcançar o seu máximo potencial produtivo, a bananeira precisa ser cultivada da maneira certa.


Nesse sentido, agricultores do interior estão sendo capacitados pelo curso Produção de Bananeiras, realizado por meio de videoaulas à distância, transmitidas a partir do Centro de Mídias do Estado – espaço utilizado há cerca de dez anos pela área de educação e que agora também vai ser útil para compartilhar tecnologias ao setor agropecuário.

A capacitação é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) em parceria com diversas instituições, como a Embrapa, e introduz uma série de outros cursos à distância que serão apresentados para os agricultores em diversas áreas da produção rural.

O curso Produção de Bananeiras é ministrado pela pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Mirza Carla Normando Pereira, e pelos engenheiros agrônomos da Sepror, Luiz do Herval Filho, Airton Schneider e Marco Petillo. A primeira aula ocorreu no dia 29 de julho e a segunda aconteceu no dia 4 de agosto. Com o tema Produção de Bananeiras acontece mais uma aula, no dia 11 de agosto.

As apresentações são compostas por explicações dos apresentadores que ficam, ao vivo, no Centro de Mídias, em Manaus, apoiados por imagens de vídeos produzidos especialmente para o curso pela TV Cultura, Embrapa e Sepror. Para esse treinamento participam agricultores selecionados pela Sepror e pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) em dez municípios: Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Careiro da Várzea, Careiro, Manicoré, Borba, Novo Aripuanã, Manacapuru, Presidente Figueiredo e Manaquiri.

O curso aborda todos os aspectos da bananeira, desde a escolha da área, época de plantio, tipos de mudas, doenças e pragas, colheita, pós-colheita, passando pela comercialização, linhas de crédito e chegando até mesmo a mostrar aos agricultores como elaborar um plano de negócios. Durante a atividade acontece a troca de ideias entre professores, assistentes e alunos, possibilitando a interatividade entre os grupos, para que o conhecimento realmente alcance todos os participantes.

Conforme Luiz do Herval, as capacitações à distância otimizam os recursos do Estado. “Existe essa tecnologia já há alguns anos sendo usada pela área de educação e que agora o setor produtivo se apropria. Em cursos presenciais, nós técnicos conseguimos atender entre 20 e 30 agricultores apenas. Nessa aula, por ser o início, vamos trabalhar com dez municípios e cerca de 200 agricultores, mas sabemos que esse número pode até mesmo ser expandido. Então é uma grande oportunidade para as instituições de pesquisa e extensão chegarem ao agricultor de forma eficiente”, disse Herval ao lembrar que o Centro de Mídias alcança cerca de 1,5 mil pontos espalhados por todo o Estado.

A pesquisadora da Embrapa, Mirza Pereira, destaca que o retorno de alguns agricultores à primeira aula foi positivo e acredita que a metodologia é uma oportunidade de facilitar o acesso do público do interior às tecnologias agropecuárias. “Acredito que conseguimos transmitir o conteúdo de uma forma didática e os agricultores responderam bem nesse primeiro momento. Isso é importante, porque com as dificuldades geográficas que temos, essa ferramenta é fundamental”, destacou.

Cultura da Bananeira

A cultura da bananeira (Musa spp.) ocupa o segundo lugar em volume de frutas produzidas e a terceira posição em área colhida no Brasil. É considerada uma cultura de subsistência, produzida em pequenas áreas rurais. A safra brasileira corresponde a 7,3 milhões de toneladas para uma área colhida de 503.354 hectares, distribuídos entre 65.500 produtores, conforme dados do IBGE.

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