Água como fator de saúde pública (Por George Dantas)

Articulista George Dantas(AM)
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A Mãe natureza não cansa de nos mandar recados em relação ao trato dos recursos naturais, como conservar os recursos e não esgotar as reservas por ela oferecida a nós, enquanto passageiros dessa nave azulada conhecida como Planeta Terra.


Dentre os recursos disponíveis no planeta, a Água é de longe, a mais importante de todos, sem água simplesmente não existiria vida na Terra. Todavia, esse recurso é o que mais sofre agressões do homem que ao mesmo tempo é quem mais é penalizado pela falta do recurso.
Em São Paulo, a população sofre há 4 meses com a falta de água, por conta do esgotamento do sistema Cantareira, que alimenta os paulistas, seja pela falta de chuvas ou pelo enorme desperdício que existe no sistema.

Aqui mesmo em Manaus, onde se localiza a maior bacia hidrográfica do planeta, existem bairros periféricos onde água é artigo de luxo, ao invés de ser um artigo essencial.

O contraste
O contraste

Com dois sistemas de captação operando, gerando uma oferta além da necessidade não há explicação que convença a população a entender a falta da distribuição, que ampliaria a oferta de água potável para atender 100% da população.

A falta da disponibilidade da água potável, aliada a baixa oferta de saneamento básico, especialmente nas zonas periféricas da cidade, acabam por contribuir com a piora do sistema de saúde pública, carregando o atendimento da saúde básica com doenças tropicais ou ligadas a subnutrição, tais como diarreias e vômitos tornando Manaus uma das cinco capitais que mais internam crianças até 5 anos com diarreias.
Um estudo publicado pelo Instituto WaterFootPrint no ano passado, fez um diagnóstico sombrio sobre o impacto da falta de água potável no mundo e quais as suas consequências, os quais seguem:

1)    2,5 bilhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico, isso significa 2/5 da população mundial;
2)    1,6 bilhões de pessoas sofrem ao menos uma vez no ano escassez absoluta de água potável;
3)    6 Km é a distância média percorrida por mulheres e meninas para buscar água nas regiões mais sedentas do mundo e voltam carregando 20 litros de cada vez;
4)    783 milhões de pessoas (11% da população mundial) no planeta ainda não tem acesso a água potável, desses, 119 milhões vivem na China e 97 milhões na Índia;
5)    80% das doenças diagnosticadas nos países em desenvolvimento são causadas por água imprópria para consumo humano e saneamento precário;
6)    20 segundos, esse é o tempo médio em que uma criança morre no mundo de doenças diarreicas, grande parte evitável por meio de saneamento básico, higiene e agua limpa;
7)    829 milhões de pessoas são estimadas que viverão em favelas no mundo, sem água potável e sem saneamento básico. Esse número aumenta 6% a cada ano;
8)    19 milhões de brasileiros ainda não tem acesso a água potável ao mesmo tempo em que 45% dos domicílios brasileiros não possuem esgotamento sanitário;
9)    6 milhões de brasileiros não possuem descarga e vaso sanitário em suas casas;
10)    2030 será o ano em que a demanda por água potável deverá exceder 40% em relação a oferta, devido as mudanças climáticas e ao crescimento populacional, ao mesmo tempo em que o mundo irá precisar de 45% a mais de energia e 50% a mais de alimentos.

O desafio é grande para que governos possam se planejar e executar um programa vigoroso que combata essas desigualdades e possa oferecer a população água de qualidade aliado com a oferta de saneamento básico a toda população.

Água é vida, água e saúde.(George Dantas)

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